Filipe Frossard Papini
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O time visitante quase não viu a cor da bola e o OL fez um jogo para ser copiado para o restante da temporada
O Lyon entrou em campo na tarde deste domingo para receber o Toulouse no Groupama Stadium. No duelo, o ponto em comum entre as duas equipes era a incômoda situação na tabela e o momento turbulento nos bastidores em função da má fase. O OL entrava no gramado como o último colocado da competição e somando somente 7 pontos até aqui. Já o Toulouse ao menos respira. Era o 15º, uma posição acima da zona da degola, com 13 pontos somados e também uma necessidade urgente para vencer.
Para esse jogo, o técnico do OL resolveu mudar a formação tática. Nos dois jogos anteriores, ele escalou o time no 4-2-3-1 e dessa vez ele resolveu armar o time com uma linha de cinco defensores, no 5-3-2. Sendo assim, Caleta-Car ganhou um papel no time titular. Retornando de lesão, Tagliafico e Tolisso também começavam jogando. O restante do time já era composto por aqueles que se previam anteriormente. O Lyon tinha como desfalques para esse jogo o goleiro reserva Riou, o volante Lepenant e o atacante Jeffinho. Assim ficou:
No time do Toulouse, a grande dúvida para esse jogo ficava por conta do lateral direito Desler, que sofreu uma lesão na partida anterior e precisou deixar o campo. Embora fosse dúvida, ele apareceu na lista oficial que viajou com a delegação e imaginava-se que seria titular. Acabou sendo cortado de última hora e nem no banco ficou. Outra novidade em relação ao que se esperava, foi a presença de Magri no time titular ao invés de Cissoko. O técnico Carles Martínez Novell não tinha a disposição os meio-campistas Bangré e Skutta, além do atacante Aboukhlal. O time entrou em campo assim:
Com a bola rolando no Groupama Stadium, percebíamos rapidamente que as duas equipes tinham praticamente o mesmo nível de jogo. Não à toa, a situação do Toulouse no campeonato também não é das melhores. Em vários momentos tinham a bola em posse e pouco produziam. Demoraram a incomodar a defesa do Lyon e não tinha um jogador onde poderiam centralizar as jogadas para conseguir alguma coisa.
Por outro lado, o Lyon, mesmo mais fragilizado em pontos e na situação do campeonato, tinha uma melhor construção das suas jogadas. Nos primeiros momentos Nuamah era bastante acionado no meio pra frente, ora caindo pela direita, ora pela esquerda. Mas ele sozinho tinha muitas dificuldades com a bola aos pés, diferentemente de Cherki, que quando conseguiu pegar a bola de frente ao gol, achou um ótimo passe para o próprio Nuamah finalizar com perigo de Restes defender com os pés.
A reação do Toulouse veio poucos minutos depois, quando a defesa do Lyon ficou parada em linha em lançamento em profundidade. Donnum pegou a bola e saiu em disparada, frente a frente com Lopes e preferiu a assistência para Dallinga, que aparecia chegando junto. O atacante recebeu e na hora de finalizar, Caleta-Car apareceu como um foguete e cortou o chute. Chance inacreditavelmente perdida, embora a arbitragem já pegava o impedimento na ocasião.
O OL precisou quase tomar um gol para acordar. Mas de bola parada, em cobrança de escanteio, o placar foi aberto. Cherki cobrou e O’Brien desviou. Lacazette, na pequena área, conseguiu dominar e bater para o gol para fazer o 1-0 aos 25’ de jogo. Com o placar aberto o OL apareceria de novo quatro minutos depois, também de bola parada. Cobrança de escanteio e Cherki pôs na área para a bola ser rebatida, Tolisso pegar de primeira e acertar a trave e Lacazette, de novo, pegar a sobra para dobrar o marcador, dois dele! 2-0!
Depois de fazer os dois gols, a postura do Lyon se manteve intacta para tentar buscar mais e não deixar o TFC gostar do jogo. Claro que recuou um pouco o time, mas continuava mantendo o domínio do jogo e buscando um pouco mais jogadas de contra-ataque, principalmente envolvendo a velocidade de Nuamah. Fragilizado, o Toulouse não conseguia criar absolutamente nada e parecia vendido no jogo.
A primeira etapa se encerrou com o Lyon aplicando um amplo domínio, principalmente no sentido de buscar e propor o jogo. O adversário, na primeira metade, esbarrou em inúmeros problemas, tanto de postura, de tática e até de técnica. Erraram até mesmo um pênalti aos 45’, em ótima defesa de Lopes. O TFC não era nem sombra daquele time do Toulouse da temporada passada. De certa forma, um alívio. Mesmo sendo dois gols em lances de bolas paradas, o OL conseguiu recuperar sua confiança dentro de campo em função do adversário abatido.
No segundo tempo, os times voltaram sem mexidas e o Lyon quase fez o seu 3º aos 10’ dessa etapa final. Foi uma jogada onde Lacazette colocou Nuamah para correr no espaço vazio. Ele foi até a área, prendeu e esperou o próprio Lacazette de volta. O atacante recebeu de costas pro gol, fez o giro e bateu no cantinho. Passou perto! A resposta do Toulouse veio no lance seguinte com Donnum batendo cruzado e Dallinga não chegando por pouco.
Aos 13’ do 2º tempo, o OL apareceu com duas mexidas: entraram Kumbedi e Moreira nos lugares de Mata e Cherki. Pouco tempo depois, Sage fez dupla alteração de novo, colocando Kadewere e Diawara nos lugares de Nuamah e Tolisso. E a tendência do jogo permanecia inalterada: o OL conseguia controlar o jogo e o Toulouse, quando tinha a bola, encontrava muita dificuldade em avançar.
Quando o relógio bateu 24’ da etapa final, foi a vez de Martínez mexer no Toulouse, tirando Suazo e Sierro para as entradas de Diarra e Cissoko. Mas foi o Lyon quem continuava pressionando muito. E não foi à toa que finalmente conseguiu chegar ao seu 3º gol, o 3º de Lacazette. Tagliafico cruzou na área, Kadewere escorou e Diawara bateu de primeira. No rebote, o artilheiro completou para o gol e marcou seu hat-trick!
Depois do gol, os times mexeram e completaram suas trocas. No Toulouse, saíram Spierings, Donnum e Magri e para entradas de Cásseres Jr, Gelabert, Begraoui. No Lyon foi Lovren quem deixou o campo para dar lugar a Sarr. Abatido, o TFC já não tinha mais ânimo e parecia estarrecido dentro de campo, mas resistia e tentava pelo menos um golzinho de honra pra não parecer moribundo no jogo onde sofreu uma goleada do lanterna.
No finalzinho do jogo, o OL também abdicava do seu jogo. Já não queria mais pressionar, fazia cera em lances oportunos e ficava de olho apenas nas oportunidades cruciais onde poderia pegar um contra-ataque ou mesmo fazer uma tabela oportuna no meio de campo para sair em disparada. De certo, o time do Lyon fez o que tinha que ser feito nesse jogo e um pouco mais. Belo trabalho de Pierre Sage, o interino.
Com a vitória, o OL não saltou de posição e se manteve na lanterna, mas conseguiu alcançar o pelotão que tenta sair dali. Agora tem 10 pontos, frente a 11 do Clermont, 12 do Lorient (que ainda jogaria na rodada), e 13 do próprio Toulouse. Isso significa que o Lyon tem condições de brigar para sair não só da lanterna como da própria zona de rebaixamento nas próximas rodadas. E será interessante acompanhar!
O Lyon agora terá um compromisso bem mais complicado, no papel. O adversário do próximo jogo será o Mônaco, em jogo válido pela 16ª rodada da Ligue 1. A busca por vitórias segue de pé e esse jogo será no Stade Louis II, às 17h do próximo dia 15, sexta-feira próxima, abrindo os trabalhos da rodada. Até lá!
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FOTOS: ol.fr | Ligue1.fr
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