sábado, 28 de setembro de 2019

Lyon perde em casa pro Nantes e completa sete jogos seguidos sem saber o que é vencer

Filipe Frossard Papini
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Apesar da boa exibição do goleiro Lafont, do time adversário, o OL foi inerte durante boa parte do tempo e resultados complicam a situação do técnico Syvlinho a cada jogo




Os últimos jogos não vinham sendo nada bom. O OL só venceu os dois primeiros jogos na temporada e depois sofreu em todos os seguintes, trazendo consequências incríveis como ficar sem vencer durante seis jogos consecutivos. Sylvinho se justifica, mas a torcida e a imprensa francesa tem sido implacáveis nas críticas – e com razão. Vencer o Nantes era uma missão não somente para voltar a encontrar as vitórias, mas também para deixar um ambiente mais tranquilo para jogar a Liga dos Campeões na quarta e depois do clássico no fim de semana que vem. A missão da manhã deste sábado era essa: vencer!

Para encarar o 4º melhor time na tabela, Sylvinho não quis inventar, manteve sua formação tática preferida, o 4-3-3, e jogou com aquele que ele imagina ser o time ideal. Claro que haviam problemas nas laterais – sem poder contar com o lesionado Tete e com o poupado Koné – o treinador brasileiro não fez pardalzice e optou pelo óbvio. Colocou Dubois na direita e foi de Fernando Marçal na esquerda. Sendo assim, Rafael começava no banco de reservas. Na zaga, outra mudança. Marcelo novamente de titular, deixando Andersen no banco. Confira na imagem como ficou escalado:




No time visitante, o técnico Christian Gourcuff foi com uma formação tática diferente do Lyon. Entrou com o 4-2-3-1, em um time com elementos interessantes. A começar pelo centroavante Coulibaly. O grandalhão era a principal arma e expectativas de gol do time canário. Pensando em “lei do ex”, assim como o Lyon tem Dubois, o Nantes tem Moutoussamy, ex-jogador do time B. Em campo, o time visitante também tinha dois brasileiros. Andrei Girotto jogando na zaga e Fábio, irmão de Rafael, na lateral esquerda. Veja só o time:




Começando no horário ingrato de 8h30 da manhã, no horário de Brasília, Lyon e Nantes foi uma das partidas que a Ligue 1 tem usado de lobby para agradar o mercado e a audiência chinesa. Na França, o jogo era na inglória hora de 13h30 – que pode ser complicada no verão, por volta de janeiro. A pouca adesão do público refletia nisso e, claro, a má fase do time também contribui com esta questão.

Em campo, o OL novamente entrou sem qualquer brilho. Criou pouquíssimas chances ofensivas nos primeiros minutos e assista, em alguns momentos, o Nantes flertar perigosamente perto da área. Aos 10’, por exemplo, Lopes precisou agir e se esticar todo para defender um chute de rebote, onde a bola ainda foi desviada por Marcelo, salvando aquele que seria um primeiro gol bem prematuro do time adversário.

Pouco a pouco, o OL foi começando a gostar do jogo no primeiro tempo. Demorou a entender como penetrar na defesa adversária, mas conseguiu. Ainda faltava aquele capricho no último passe, de todo modo, o time conseguiu criar duas chances incríveis para abrir o placar e isso só não aconteceu devida a qualidade do jovem goleiro Alban Lafont, que foi determinante para evitar que seu time saísse em desvantagem.

Na primeira chance, um lance de ataque vindo do lado esquerdo do campo. Em um cruzamento curto e no primeiro pau, a bola apareceu perfeita para Aouar chegar completando de cabeça, e assim o fez. No reflexo puro, o goleiro adversário evitou o gol. Logo no lance seguinte, foi a vez de Memphis Depay sair em disparada, num contra-golpe fulminante, que também parou em Lafont, agora com os pés o goleiro evitou o gol na finalização do holandês.

Por volta dos 30’ do primeiro tempo, até o momento em que o árbitro apitou o intervalo, só deu Lyon em campo. Um ataque descoordenado, sem muito brio, e que até dava espaços para o Nantes contra-atacar, mas que acabou não acontecendo. O gol parecia perto, mas ainda era necessário um capricho bem maior para transformar vontade e em chances criadas e posteriormente em bola na rede.

Somente no último minuto antes do primeiro tempo acabar é que o Nantes flertou com uma investida em ter a posse de bola. Mas o mesmo problema que acometia o Lyon, também era evidente no Nantes. Faltava qualidade no passe ou algum organizador que conseguisse ditar o ritmo de jogo. Sem esse homem, a bola ficava passando de pé em pé, até que algum jogador resolvesse arriscar uma finalização meio de longe, ou um cruzamento ao léu.

Para o segundo tempo, o Lyon veio com uma alteração logo de cara. Traoré deixou o campo e deu lugar a Cornet. Mas a primeira chance mesmo foi criada pelo Nantes. Jogada em que Benavente sairia sozinho, Leo Dubois fez falta colada na área. Por sorte do OL, a cobrança ficou na barreira. Mas ali já dava sinais de que o time visitante poderia incomodar mais na segunda etapa.

E assim foi. O Nantes abriu o placar aos 14’ da etapa final. Em jogada individual pela direita, Samuel Moutossamy passou na velocidade por Marçal e quando entrou na área, dividiu de novo com o brasileiro, que se deu mal. O corte acabou rebatendo no jogador do Nantes e a bola entrou assim mesmo, encobrindo Lopes, que ainda tentou tirar em cima da linha. Implacável, a tecnologia da linha do gol acabou validando o placar aberto: 1 a 0 e lei do ex aplicada com sucesso e que depois a arbitragem marcou como gol contra de Marçal.

Imediatamente, Sylvinho mexeu. Colocou em campo Martin Terrier e tirou Reine-Adélaïde, que mais uma vez fez uma partida extremamente apagada. A mudança, por muito pouco, não surgiu efeito imediatamente. O próprio Terrier teve duas oportunidades no mesmo lance. E ambas pararam no goleiro Lafont. Ele saiu de frente ao gol e o jovem arqueiro defendeu não só o primeiro chute como também o rebote.

Gourcuff também resolveu mexer. Primeiramente, colocou Louza no lugar de Benavente. Minutos depois, foi a vez de Simon deixar o campo para a entrada de Abdoul Kader Bamba. Mas, com o gol de vantagem no marcador, o time do Nantes não tinha mais interesse algum em seguir atacando e, naturalmente, acabou dando uma recuada. De todo modo, ainda aparecia no ataque, pois o Lyon, em desvantagem, ficava nervoso em campo e acabava dando muitas brechas.

Já com o jogo se aproximando do fim, os dois treinadores queimaram suas últimas mexidas. Enquanto Gourcuff colocava em campo o jovem volante Blas, para a saída de Moutoussamy, protagonista do único gol do jogo, Sylvinho quebrava a cabeça no banco de reservas, ao lado do auxiliar Baticle, para tentar uma última cartada. Foi quando Jean Lucas foi a campo para a saída de Denayer.

No final das contas, nem mesmo os quatro minutos de acréscimos foram o suficiente para o Lyon conseguir tentar, sequer, empatar. Nos minutinhos finais ainda perdeu Cornet, que sentiu lesão no tornozelo e, como já tinha feito todas as alterações, fechou o jogo com um atleta a menos em campo. Mais um jogo muito sentido e doido não só para o torcedor, como para os jogadores, comissão técnica e diretoria.

Agora o OL descansa um pouco suas atenções do Campeonato Francês e volta seus olhos ao segundo jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões. O adversário será o RB Leipzig, fora de casa, às 16h do próximo dia 2. OL buscará sua primeira vitória na competição na temporada atual. Até lá!

FOTOS: fcnantes.com | ol.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


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