quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Em segundo tempo perfeito, Lyon esmaga o Everton em casa

Filipe Frossard Papini
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Time inglês até suportou na primeira etapa, mas só foi sofrer um gol que as forças acabaram e se entregaram em campo e psicologicamente




Não pode se dizer que o Lyon iniciou bem a sua campanha na Liga Europa. Começou empatando com o Apollon Limassol, no Chipre, por 1 a 1. Aquele que, teoricamente, seria pior do grupo, logo deu as caras. Na rodada seguinte, mais um empate. E em casa. O Lyon tropeçou diante daquele que, também teoricamente, seria o terceiro melhor do grupo. O resultado também por 1 a 1 colocou uma pulga atrás da orelha. Mas tudo mudou, quando na 3ª rodada, o OL foi até Liverpool e venceu bem o Everton por 2 a 1. O resultado fora de casa, diante daquele que pode ser considerado o melhor time do grupo, deu um novo ânimo. E nesta quinta, o Everton novamente seria o adversário, agora no Groupama Stadium. Uma vitória praticamente deixava o Lyon em ótimas condições no grupo.

Para tentar bater os Toffees, o primeiro grande trunfo de Bruno Génésio era ter um departamento médico praticamente vazio. Somente Clément Grenier, que já não vinha sendo relacionado mesmo, acabou ficando ausente. Fora isso, elenco todo disponível para o treinador montar da melhor maneira que lhe convir. E assim ele fez mudanças. As laterais, ainda sem definições de titulares e reservas, ficaram com Rafael e Mendy. Na zaga, Morel foi pro banco e Diakhaby escolhido. N’Dombélé voltou pro meio e Mariano Díaz era poupado. Cornet jogava em seu lugar, mas aberto pela direita, enquanto Traoré fazia o centroavante. Veja:




Já no Everton, o que se via antes do jogo, era praticamente um caos instaurado. Recentemente, demitiram o treinador Ronald Koeman. Além de somar somente um ponto no Grupo E da Liga Europa, o time também amarga a zona de rebaixamento na Premier League. Praticamente abandonando o barco da competição internacional, o técnico interino David Unsworth decidiu nem levar nomes como Jagielka, Baines e Rooney. Além disso, em sua escalação inicial, optou por deixar no banco nomes como Klaassen, Vlasic, Mirallas e Calvert-Lewin. Incrivelmente, Sigurdsson começava jogando de centroavante. Confira como Unsworth escalou sua equipe:




O Lyon, como já se esperava, começou bem melhor a partida. Se posicionando de maneira firme no seu campo de ataque, conseguia, inclusive, tocar a bola perto da defesa adversária e acionava, a todo instante, o seu lado esquerdo. Mendy apoiava muito bem, Memphis também tinha boa atuação pelo setor e, quando precisava, Fekir aparecia para encostar e criar boas situações por ali.

As poucas subidas do Everton, até a metade do primeiro tempo, eram de pouca efetividade. Com Sigurdsson posicionado como centroavante, faltava um cacoete para boas situações aparecerem por aí. Mesmo o Lyon jogando com uma defesa ofensiva e, de certa forma, frágil, o time visitante tinha enorme dificuldades para conseguir trabalhar a bola no setor e praticamente rifava suas poucas ocasiões.

A primeira chance real de gol apareceu aos 23’, quando Memphis Depay fez um chuveirinho na área e Traoré conseguiu tirar uma casquinha na bola, desviando da rota do goleiro Pickford, que conseguiu espalmar. No rebote, Fekir cruzou de primeira e rasteiro na área, mas não havia tempo para ninguém aparecer fechando e o chute também foi muito forte. Alguns minutos depois, Fekir também desperdiçaria outra chance, isolando um bom cruzamento do brasileiro Rafael.

Outra boa chance do OL na partida aconteceu aos 35’. Memphis Depay, perto da entrada da área, fez um corte e acabou sendo derrubado pela defesa. A arbitragem marcou falta e o mesmo Memphis decidiu cobrar dali mesmo. Um chute meio de longe, mas que acabou pegando muita velocidade e muita força. Pickford, mesmo assustado, conseguiu evitar a bomba espalmando pra longe, mesmo tendo sido no meio do gol.

Já perto do fim do primeiro tempo, em um lance despretensioso, Cornet disputou bola com Martina e o lateral do Everton acabou caindo de mal jeito e de costas. Ele ficou estirado no gramado por aproximadamente oito minutos e sendo atendido com muito critério e cuidado. Não conseguiu ter condições de voltar para o jogo e acabou sendo substituído, aos 42’ por Besic.

Com a queda de Cuco Martina e seu atendimento, o primeiro tempo acabou tendo raros sete minutos de acréscimos e o Lyon não queria voltar pro vestiário com o placar em branco. Tentou imprimir um pouco mais de pressão no finalzinho. Marcelo quase marcou de cabeça e depois foi a vez de Traoré experimentar de fora da área.  Depois disso a pressão foi se dissolvendo até o apito do intervalo.

No primeiro minuto do segundo tempo, quem incomodou de verdade foi o Everton. Se não fosse Anthony Lopes, que não apareceu em nenhum momento da primeira parte, o time visitante abriria o placar. A finalização foi do volante Gueye e Lopes buscou no cantinho para evitar o gol dos Toffees. Foi o primeiro momento em que a torcida, que apoiava o jogo inteiro, acabou distribuindo vaias.

Antes dos 20’ do segundo tempo, os dois times mexeram. O interino David Unsworth colocou Calvert-Lewis e tirou o volante Gueye. Já Bruno Génésio trocou “seis por meia-dúzia”, em termos de posição no campo, colocando Aouar e tirando Fekir. Everton claramente percebendo que dava para explorar a queda de produção do Lyon, enquanto o time da casa brigava para buscar um gol na base da individualidade.

Quando o Everton parecia querer gostar do jogo, com Calvert-Lewis tabelando com Sigurdsson e o islandês mandando uma bomba de fora da área, assustando Lopes, o Lyon devolvia com mais força. E fazendo gol. A defesa inglesa tentava sair jogando e N’Dombélé interceptou e, sem querer, acabou fazendo uma assistência para Traoré, que só teve o trabalho de entrar na área e tocar na saída de Pickford. 1 a 0!

O gol era o que o Lyon precisava para crescer no jogo e era o que o Everton não precisava para perder a cabeça. Traoré saiu logo após o gol e deu lugar para Mariano Díaz. Ele já começou a fazer confusão na defesa adversária e em um bate-rebate quase Cornet mando um petardo no ângulo. Passou muito perto! Depois disso, Unsworth queimou sua última troca, colocando Vlasic e tirando Lennon. A troca no Everton não surtia efeito e o time parecia já aceitar a eliminação.

O OL dobrou o marcador aos 31’ da etapa final. Pickford defendeu bom chute de fora da área e a bola acabou voltando para a posse do OL. Na entrada da área, Memphis Depay acabou passando para Aouar, que bateu dali mesmo e colocou no cantinho, sem chances para o goleiro! 2 a 0. Logo depois do gol, N’Dombélé foi sacado por Génésio, que queimava sua última alteração com Ferri em campo.

Já se aproximando perto do fim, o Everton era um time morto dentro de campo. Não esbanjava nenhuma reação e já tinha entregado os pontos. Piorou, quando Morgan Schneiderlein, que já estava amarelado, dar um pontapé em Cornet e ir para o chuveiro mais cedo. Foi o que o OL precisava para fechar o caixão. Em bola alçada na área, aos 43’ do segundo tempo, Memphis Depay subiu mais alto e decretou o 3 a 0! Um segundo tempo com direito a show.

O Lyon agora tem um jogo importantíssimo pela frente – talvez até mais do que esse pela Liga Europa. Entra empolgado e forte para o clássico da região do Ródano-Alpes: Saint-Étienne x Lyon, considerado por boa parte dos especialistas do país como o clássico mais efervescente de toda a França. O jogo será no próximo domingo (5), às 18h. Partida válida pela 12ª rodada da Ligue 1 e já com todos os ingressos esgotados! Até lá!

FOTOS: L'Equipe / Livescore / olweb.fr / Reprodução-Twitter @WYN_OL


OS GOLS DA PARTIDA:

Traoré (1-0):

Aouar (2-0):

Memphis (3-0):


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