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O time do Principado não finalizou sequer uma vez no primeiro tempo, enquanto o OL meteu três bolas na trave. Na segunda etapa, a expulsão de Diomandé, seguida de pênalti, colocou tudo a perder
Depois de vencer mais uma na Ligue 1, o Lyon entrava em campo de novo no meio de semana para um confronto pela Copa da França. Depois de passar pelo Red Star nos pênaltis, o adversário da vez era o Monaco, agora, jogando em casa. Como já se sabe, essa competição de mata-mata tem só uma partida e tudo é decidido no mesmo dia. Enquanto o PSG goleava o Angers e avançava para a semifinal sem qualquer problema, OL e Monaco fariam um confronto inclusive de dois times que brigam pelo título da Ligue 1. O confronto seria uma prévia do que vem daqui a duas semanas pelo Francês.
Em campo, Rudi Garcia fez a sua maior ousadia desde que assumiu o comando do OL. Mudou absolutamente tudo. Armou o time no 3-4-3, usando essa variação pela primeira vez. Pollersbeck, Diomandé, De Sciglio (na zaga) e Bard começavam jogando. Memphis Depay pela direita, Paquetá de centroavante, como um falso nove, além de Cornet também voltando para o ataque. Pelo desfalque de última hora de Denayer, Ozkaçar foi alçado do Lyon B para ficar no banco, além do belga, Benlamri e Kadewere também eram cartas fora. Veja a destoante formação do OL para o jogo:
O Mônaco não veio com nenhuma mudança de surpreendesse não. Considerando que a Copa da França já é uma competição que os times naturalmente colocam jogadores reservas para dar uma rodagem. Em relação ao jogo do fim de semana, o goleiro Lacomte (sequer relacionado), Sidibé, Maripán, Gélson Martins e Golovin ficaram de fora. Mesmo assim, Niko Kovac conseguiu armar um time bem coerente e igualmente forte para jogar no 4-4-2. Ele não tinha a sua disposição o meia Fàbregas, recuperando de lesão, além dos jovens Matsima, Matazo, Millot e Diatta, todos se recuperando de testagem positiva para COVID-19. Assim ficou:
A formação estranha do Lyon fez muito sentido no começo do jogo. O Lyon começava bem melhor a partida e surpreendia bastante nos primeiros minutos. Antes dos 15’, já tinha chegado duas vezes. Primeiro com Bard na esquerda em chute forte que o goleiro mandou para escanteio. Depois foi a vez de Cornet ter uma chance e mandou por cima, já quase na pequena na área.
Em paralelo com as boas chances do Lyon e a intensidade que o time de Rudi Garcia colocava em campo, o jogo também se mostrava muito pegado. O OL teve dois amarelos rapidamente, para Diomandé e Thiago Mendes. No primeiro minuto, Volland deu uma pegada em Paquetá e também foi advertido. E não à toa, Diop precisou deixar o campo aos 15’, depois de sentir uma pancada. Deu lugar a Golovin.
Em outra chance importante do Lyon no jogo, Lucas Paquetá quase abriu o placar. A jogada foi toda construída com Memphis Depay na intermediária. Aos trancos e barrancos ele se livrou dos marcadores e achou o brasileiro se infiltrando dentro da área. Ele recebeu o passe e bateu de primeira, um chute cruzado. O goleiro Majecki conseguiu chegar com a ponta dos dedos e evitar aquela que seria a abertura do placar.
Com o andamento do jogo, o clima quente acabou tirando Rudi Garcia do jogo. Ele foi expulso aos 22’ de bola rolando ao falar alguma coisa para a árbitra Stéphanie Frappart. Na sequência, o OL meteu três bolas na trave em menos de dez minutos. A primeira foi com uma jogada de Bard que Cornet deu sequência e acertou o pé da trave direita. Depois, escanteio de Memphis Depay e Marcelo carimbou a trave esquerda. Por fim, Memphis de novo fazendo o pivô e Caqueret bateu de primeira para acertar o travessão de Majecki.
De fato, o primeiro tempo foi totalmente tomado pelo Lyon, conseguiu uma supremacia quase impensável. A sensação de pardalzice que Rudi Garcia impôs ao colocar em campo um time estranho e pouco usual, foi por água abaixo. A intensidade era tremenda e ficava aquela sensação de que o time poderia cansar rapidamente. O Monaco se segurava como podia, mas terminou a etapa sem tomar gols.
Ainda no finzinho do primeiro tempo, o OL perdeu um pouco da intensidade que emplacou durante todo os primeiros 45’. A questão física realmente é importante quando você tem uma situação de um jogo mais pegado, principalmente sem a bola. Mas destacaram-se os laterais Dubois, Bard, Cornet e Caqueret. Foram jogadores que apareciam em todos os lugares do campo, surpreendendo bastante positivamente.
No segundo tempo, o OL conseguiu voltar com o mesmo ímpeto, poderia inclusive ter aberto o placar. Chegou a fazer isso em lance anulado aos quatro minutos da etapa final. Contra-ataque fulminante de Memphis Depay, que deixou para Cornet avançar em velocidade. O marfinense carregou a bola até o gol e fez. Mas na hora que ele recebeu o passe, estava a um pé depois da linha do meio de campo e em impedimento. Bem marcado e gol anulado!
E quando tudo parecia perfeito para o Lyon dominar o jogo até o fim, tudo foi por água abaixo. Em lance de ataque do Monaco, Diomandé foi tentar tirar a bola por cima e levantou demais a perna, acertando o atacante adversário. Recebeu o segundo amarelo, foi expulso e ainda deu de bandeja um pênalti para o adversário. Ben Yedder, que não tem nada a ver com isso, cobrou com facilidade e abriu o placar: 1 a 0!
Ali mudava todo o contexto do jogo. O Lyon não mexeu e seguiu só com Marcelo de zagueiro de origem. O Monaco chegaria de novo logo em seguida, de novo com Ben Yedder. Pollersbeck defendeu com os pés. Pouco depois, cenas lamentáveis de empurra empurra e bate-boca dentro de campo, Frappart distribuiu três cartões amarelos, sendo um deles para Niko Kovac, técnico do time do Principado.
Com o time desestabilizado pelo gol, o Lyon se perdeu completamente na sequência. Isso gerou o segundo gol. Foi em jogada criada pelo Golovin no meio de campo. Ele acionou Ben Yedder, que entrou na área, virou de costas e serviu Volland, que chegou pela direita batendo e marcando! 2 a 0! Depois do gol, Kovac colocou Sidibé no lugar de Ballo-Touré e Garcia mais tarde tirava seu trio de ataque: Cornet, Memphis Depay e Paquetá para colocar Slimani, Toko Ekambi e Aouar.
Não demorou muito para Rudi mexer de novo. Ele colocou Bruno Guimarães e depois Özkaçar na partida, para as saídas de Thiago Mendes e Dubois. Depois, foi Kovac quem queimou suas mexidas finais, tirando a dupla de ataque Volland e Ben Yedder para a as entradas de Gelson Martins e o ex-cria do Lyon, Geubbels. As mexidas não alteraram o contexto do jogo e foram mais pensadas já na rodagem dos times para a rodada do fim de semana.
Por fim, o OL batalhou. Foi excelente no primeiro tempo, mas a falta de experiência de Diomandé colocou tudo a perder no segundo tempo. Os Gones até tentaram no finalzinho algum gol de honra, mas não teve como. Não havia perna e nem mais ânimo para o time tentar reagir. O ASM, já com o jogo em mãos, só controlou o placar até o fim, sem sofrer e sendo oportunista quando fosse preciso. E assim avançou para a semifinal.
O Lyon agora prepara todo seu foco e sua força para um dos jogos mais importantes da temporada até aqui. Um confronto direto contra o Lille, que pode definir muitas coisas na reta final da Ligue 1. Jogo válido pela 34ª rodada, no domingo, às 16h do horário de Brasília. Mais uma vez o duelo será em casa, no Groupama Stadium. Até lá!
FOTOS: ol.fr | ASMonaco.com
CAMPINHOS: Eurosport
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