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No tempo normal, o OL marcou com Paquetá e Memphis Depay, mas sofreu dois gols no segundo tempo, levando o jogo contra o Red Star para os pênaltis. Nas cobranças, vitória do Lyon por 5 a 4.
Pausa na Ligue 1 e um jogo em dia e horário bem atípicos. O OL entrou em campo nessa quinta-feira às 14h do horário de Brasília. A partida era pela Copa da França, fase de oitavas de final e valendo vaga nas quartas em jogo único. O adversário era o Red Star, terceiro maior clube de Paris e que até pouquíssimo tempo figurava na Ligue 2, a segundona francesa. Nesse momento, o time está na National, a terceira divisão de elite do país e somente no 6º lugar, um pouco longe da briga pela ascensão. Conhecido por seu simpático Stade Bauer e por ser um time mundialmente famoso por ser abertamente politicamente progressista.
Para esse confronto, o time da casa mandou a campo um time misto. É comum isso acontecer na Copa da França, mas não com o time azarão. Nomes como o do goleiro Charruau e do principal atacante do clube, Durand, artilheiro da temporada, apareciam no banco de reservas. Por lá também estava o herói do time na fase anterior, Alan Dzabana, que fez um gol no finalzinho e eliminou o Lens. Dzabana, inclusive é das categorias de base do Lyon e bateu o recorde gols de Lacazette na categoria, mas não vem dando muito certo no profissional. Abaixo, a escalação do time da casa, que não tinha os zagueiros Sivis e Sainte-Luce pro jogo:
O Lyon também vinha com desfalques, mas bem mais do que o próprio Red Star. Ao todo, Rudi Garcia não teria sete nomes disponíveis para essa partida. Além do suspenso Slimani, ficavam de fora por questões físicas o goleiro Lopes, Dubois, Benlamri, Aouar, Cornet e Kadewere. Por causa disso, o OL foi até Paris recheado de jogadores da base, que praticamente compunham o banco de reservas. Dentre eles, duas convocações inéditas: o meia Keita e o atacante Lega. Na composição principal, Garcia mudou a formação para o 4-2-3-1, abandonado o 4-3-3 de jogos anteriores. Veja como ficou:
O principal ponto a ser observado no comecinho da partida era as condições do gramado. Em perfeito estado, mas era grama sintética e isso prejudicava demais o estilo de jogo do Lyon. A bola quicava bastante e a troca de passes até mesmo na simples saída de bola ganhava contornos de uma dificuldade bem maior. O Red Star, já acostumado com essa circunstância, não tinha problemas com isso.
E foram os parisienses que chegaram com perigo pela primeira vez. Lance aos 18’ de bola rolando com jogada em linha de fundo pelo lado direito. O cruzamento achou Cheikh N’Doye com facilidade dentro da área. O volante, que teve uma ótima passagem pelo Angers recentemente, conseguiu subir sozinho e cabecear com imensa liberdade. Pollersbeck nem ia chegar nela, mas acabou saindo por cima.
O Lyon, quando chegou pela primeira vez, conseguiu marcar. Mas isso só aconteceu por uma falha do próprio Red Star. O goleiro Adiceam foi tentar sair jogando com pés e acabou chutando torto. Thiago Mendes recuperou a bola na entrada da área e na hora acionou Paquetá, que já estava engatilhado de frente pro gol. O ex-flamenguista só dominou e colocou no cantinho, com categoria, aos 18’ de jogo: 1 a 0!
Quando o OL fez o gol e se acostumou com o gramado, colocou o time da casa na roda e fazia os adversários correrem muito. O time, que tem como uma de suas principais características físicas, encontrava muita dificuldade para tirar a bola do OL. Com a vantagem no placar, os Gones começavam a controlar um pouco mais o jogo, ainda no primeiro tempo. Avançava suas linhas, mas ainda faltava o último passe. Acuado, o Red Star esperava um contra-ataque.
Aos 36’ de jogo, o OL quase dobrou o marcador. Depois de uma intensa troca de passes que o Red Star somente assistiu, a bola acabou chegando no limite da linha de fundo para Bard, no lado esquerdo do campo. Ele conseguiu fazer o cruzamento com dificuldades e achou Memphis Depay ainda no primeiro pau. O holandês conseguiu se antecipar e finalizar dali mesmo, de cabeça, no primeiro pau. A bola saiu caprichosamente pra fora.
Ainda na primeira parte, no finalzinho, o Lyon conseguiu alcançar o seu segundo gol e de novo através de falha da defesa parisiense. Thiago Mendes recuperou na intermediária e tentou acionar Paquetá. Mas a zaga cortou, mas a dupla se atrapalhou no lance e a bola sobrou facinho para Paquetá dar sequência ao lance. Ele poderia fazer o gol, mas preferiu a assistência para Memphis Depay concluir com açúcar: 2 a 0!
Na volta para o segundo tempo, o Lyon deu uma pisada no acelerador. Antes mesmo dos dez primeiros minutos teve pelo menos três grandes chances de ampliar ainda mais o marcador. Uma delas, inclusive, Paquetá achou Memphis Depay sozinho na área em passe cruzado. O holandês conseguiu finalizar, mas o capitão Daillet conseguiu tirar em cima da linha, literalmente.
A primeira mexida do jogo foi pelo Red Star. Vincent Bordot colocou em campo Dzabana, querendo a lei do ex, para a saída do volante Koukou. E o resultado veio. Não através de Dzabana, mas a bola balançou. Um passe bonito que achou Ba nas costas do zagueiro Marcelo. O senegalês não teve qualquer trabalho em dominar e colocar com categoria no cantinho para diminuir a vantagem: 2 a 1!
Depois do gol, Rudi Garcia sacou Memphis Depay e colocou Toko Ekambi, Bordot, técnico do Red Star, também mexeu colocando o artilheiro Durand no jogo, tirando Bizet. E foi o mesmo Durand quem quase empatou o jogo, quando aproveitou um rebote da entrada da área e decidiu arriscar dali mesmo. O chute foi em direção ao gol, mas Pollersbeck estava atento e evitou o gol.
Mas o mesmo Pollersbeck que salvou na jogada anterior, falhou aos 29’ do segundo tempo. Em cobrança de falta na entrada da área, Roye chamou a responsabilidade e cobrou com o pé trocado, enganando o goleiro alemão do OL que não conseguiu chegar na bola. O chute nem chegou a ser no ângulo, mas o goleirão aceitou mesmo assim e o placar chegou em sua igualdade, para surpresa de quem assistia: 2 a 2!
Na sequência do jogo, o Lyon teve diversas oportunidades de conseguir ficar na frente do placar. Foram pelo menos quatro ou cinco grandes chances reais de gol. Adiceam, o goleirão que vacilou bastante na primeira parte, virou herói. Salvou em alguns momentos. Teve zagueiro tirando bola em cima da linha e o OL desesperado tentou como podia, mas o jogo acabou indo para os pênaltis.
Nas cobranças, o Lyon acabou acertando todas as suas, na sequência com Bruno Guimarães, Paquetá, Marcelo, Denayer e Toko Ekambi. O Red Star converteu com Ba, Durand, Dzabana e N’Doye, mas acabou perdendo a quarta cobrança, com Michel. Pollersbeck foi muito bem para buscar no canto direito e foi esse movimento que garantiu a vaga do OL nas quartas de final da Copa da França.
O Lyon agora dá uma focada novamente no Campeonato Francês. Tem compromisso diante do Angers já nesse domingo (11). O jogo será às 16h de Brasília e válido pela 32ª rodada no Groupama Stadium. Para os Gones, somente a vitória interessa. A briga no G4 está intensa e não há margens mais para tropeços. Até lá!
FOTOS: ol.fr | Getty Images | fff.fr
CAMPINHOS: L'Equipe
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