sábado, 4 de fevereiro de 2023

Com 72% do time titular formado pela base, Lyon volta a vencer na Ligue 1

Filipe Frossard Papini
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Laurent Blanc repetiu o mesmo time do empate diante do Brest na quarta e venceu o Troyes, fora de casa, por 3 a 1. Todos os gols feitos por pratas da casa!




A situação do Lyon no Campeonato Francês é bastante delicada. Acostumado a lutar pela parte de cima da tabela, o atual elenco não consegue sair do marasmo e entra na rodada como 10º colocado, sem projeções muito grandes daqui em diante se não conseguir buscar uma reação praticamente imediata. No meio de semana, em casa, não conseguiu sair do 0-0 diante do Brest. Agora, o duelo era em Champagne, diante do Troyes. O time da casa, em situação terrível, flerta com o rebaixamento e também precisava vencer a todo custo.

Patrick Kisnorbo, o técnico australiano do ESTAC, ganhou dois reforços nessa janela que acaba de se encerrar. Mas nenhum deles está disponível. Reine-Adélaïde, emprestado pelo Lyon, e o atacante Tabidi, ficam de fora. Juntam-se a eles, o lateral Abdu Conté, o experiente zagueiro Rami e a trinca de volantes, Tardieu, Palaversa e Dingomé, além do meia Marlos Moreno. Em campo, o time praticamente repetiu a escalação do jogo pra derrota de 4-1 diante do Toulouse, com uma mudança apenas na lateral direita, com Bruus no lugar de Thierno Baldé. Assim ficou montado o time do Troyes:


Se a lógica era repetir escalação, Laurent Blanc fez isso literalmente. Ele pôs em campo exatamente os mesmos atletas, com a mesma formação, que enfrentou o Brest no empate por 0-0 na última quarta-feira. O treinador ainda tem o desfalque do brasileiro Jeffinho, que segundo informações da imprensa francesa, ainda ficará de fora praticamente o mês inteiro de fevereiro, se recuperando de uma lesão no tornozelo. De todo modo, o OL finalizou 28 vezes na partida anterior e esperava-se algo perto disso para o confronto deste sábado. A escalação de Blanc ficou assim:


O jogo começou com o time da casa assustando em dois momentos. No primeiro, ainda antes do relógio marcar um minuto, Mama Baldé saiu em disparada em meio a marcação e a bola sobrou para Rony Lopes mandar um torpedo por cima do gol. Três minutos depois, foi a vez de Lopes receber uma bola recuada e se embananar todo na hora de sair jogando. Deu um tapinha nela quando iria entrando, num lance pra lá de bizarro.

A primeira chegada do Lyon foi através do meio. Em troca de passes rápidas, o atacante Lacazette recebeu de costas pro gol e era bem pressionado pelo zagueiro Palmer-Brown. Ele conseguiu fazer o giro meio torto, mas não conseguiu dar sequência ao lance. A bola ficou com Cherki, que tinha a oportunidade de marcar, já que estava dentro da área. Ele resolveu tentar driblar o goleiro Gallon, que acabou dando um tapinha na bola e evitou o perigo.


O OL até conseguia impor um jogo, criar um certo ritmo, mas esbarrava talvez na falta de criatividade. Usar três volantes era desnecessário. E não à toa, várias vezes Caqueret e principalmente Lepenant tinham que fazer funções que não são as deles, de armar o jogo ou criar uma jogada de último passe. O Lyon desperdiçou chances valiosas na primeira etapa justamente por depender de bolas chaves nos pés de volantes desarmadores.

A partir do momento em que o OL conseguia ter o controle maior do jogo – apesar de chegar muito pouco e criar muito menos – o Troyes preferia cozinhar o jogo. Começava a fazer aquela manha típica do futebol brasileiro, onde o jogador que recebe qualquer faltinha fica no chão por alguns minutos, esperando o auxílio médico e não dá ritmo ao jogo, parando a partida por qualquer motivo. Ali, percebia-se que o Troyes já estava satisfeito com o empate.


A estratégia clara do Troyes em segurar a partida, mostrava-se não somente pela sua formação em campo com cinco defensores e três volantes – e seu modo de tentar cozinhar o jogo – como também Mama Baldé e Rony Lopes pareciam programados para saírem correndo com a bola em qualquer oportunidade que surgia. Basicamente, a estratégia do ESTAC era tocar em qualquer um dos dois e torcer para algum lance de perigo. E nada mais.

O primeiro tempo tinha de tudo para terminar num marasmo, com basicamente uma chance de lado a lado. Mas no finzinho da primeira etapa, o Troyes saiu jogando errado e Caqueret recuperou a bola. O volante carregou um pouco, levantou a cabeça e colocou na área. Lá estava Barcola para se antecipar aos defensores e concluir em gol para abrir o placar aos 43’ de jogo. 1-0! Agora, toda aquela postura do ESTAC durante o jogo já não faria mais sentido.


O segundo tempo começou bem diferente daquele panorama da primeira etapa. O time da casa precisava da vitória e saiu mais pro jogo. Claro que isso dava mais espaço para o OL atacar. Cherki quase fez o segundo bem no comecinho da etapa final, aproveitando bola mal espanada pela defesa adversária. Assim como na primeira parte, o goleiro Gallon saiu bem para evitar o perigo.

Mas Cherki não pararia de novo em Gallon aos 13’ do segundo tempo. Ele recebeu bola na ponta direita, quase no meio de campo do jogo. Dali resolveu carregar, foi levando, levando, até que veio um defensor e ele driblou sem problemas. Entrou na área e bateu de trivela, bem fraquinho, mas o suficiente para Gallon não alcançar. Era o 2-0. Blanc imediatamente mexeu três vezes. Colocou Aouar, Sarr e Kumbedi nos lugares de Cherki, Barcola e Malo Gusto.


O Troyes, que já havia chegado antes com um chute de Rony Lopes com passe de Bruus, conseguiu reagir quase que de imediato. Foi no minuto seguinte. O português fez dobradinha de novo com o lateral Bruus. Dessa vez, ao chegar batendo de primeira, resolveu ter mais calma e bateu mais colocado. A bola foi fraquinha, mas o suficiente para Lopes não alcançar, mesmo sendo no meio do gol: 2-1!

Blanc esperou um pouco menos de dez minutos depois do gol do ESTAC para mexer pela 4ª vez, colocando Lukeba no lugar de Caqueret e armando o time numa linha de cinco defensores, provavelmente esperando uma pressão do time da casa. Enquanto isso, o Troyes mexeu na mesma paralisação, colocando o bom Ripart no lugar de Rony Lopes, que vinha sendo a válvula de escape no ataque.


Já com quase 40, os dois times fizeram suas últimas trocas, com o Lyon trocando Lovren por Boateng, enquanto o Troyes colocava Thierno Baldé para a saída de Bruus. Em termos, nenhuma mudança tática, apenas protocolar ou por cansaço. Aquela pressão que se esperava do time da casa, em busca ao menos do empate em casa, não aconteceu. Foi Lacazette quem quase marcou o 3º, quando recebeu de frente pro gol e chutou rasteiro para defesa de Gallon.

Se Lacazette não conseguiu dessa vez, ele precisou esperar até o último lance do jogo, já com os acréscimos colocados no placar. Precisamente, aos 49’ do 2º tempo, Aouar recuperou a bola na entrada da área, dentro da meia lua. Ele só fez uma deixadinha para o general Lacazette chegar batendo e acertar o ângulo de Gallon num golaço que não só decretou o placar final, como também o fim do jogo: 3-1!


O OL dá uma paradinha agora no Campeonato Francês e volta todas as suas atenções na Copa da França. O jogo de mata-mata será diante do Lille, pelas oitava de final da competição. O duelo será na próxima quarta-feira (8), às 14h15 do horário de Brasília. Esse jogo será no Groupama Stadium, casa do Lyon. Até lá!  

CAMPINHOS: L'Equipe
FOTOS: ol.fr | Ligue1.fr


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