domingo, 9 de fevereiro de 2020

Mesmo sem Neymar, PSG não toma conhecimento de um esforçado Lyon que sucumbe no Parc des Princes

Filipe Frossard Papini
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OL chegou a encostar no placar com um 3 a 2, mas o time da casa logo deu contornos finais a um jogaço




O Lyon começou o ano de 2020 com o pé direito. Se deu bem em tudo que disputou no mês de janeiro e, assim como o PSG, é o único time francês que disputa quatro competições simultaneamente. Acontece que o mês de fevereiro chegou e as coisas pararam de andar como estavam. Um tropeço diante do Nice fora de casa e um empate diante do então antepenúltimo colocado Amiens colocou dúvidas na cabeça do torcedor, que já não está mais tão otimista como há algumas semanas. Neste domingo, uma missão quase impossível: tentar arrancar pontos do PSG dentro do Parc des Princes. Seria possível?

O ponto que o OL poderia explorar era justamente a parte defensiva do time de Paris. A chamada primeira linha de quatro. Dagba, Marquinhos, Thiago Silva e Bernat estão machucados ou retornando de lesão e não apareceram na relação. Sendo assim, Tuchel se viu forçado a iniciar com os únicos jogadores possíveis em cada posição, tendo que recorrer aos jovens Kouassi e Bakker no banco. Além deles, claro, a maior perda em campo do PSG era a ausência de Neymar, ainda se recuperando de um problema na costela. O treinador garante que o brasileiro deverá voltar no meio da semana. Veja a escalação:




Pelo Lyon, quase nenhuma surpresa na montagem dos onze iniciais de Rudi Garcia, com exceção de um nome: Rayan Cherki. A jovem promessa de apenas 16 anos começava jogando, aberto pelo lado direito do campo. A ausência de Cornet, com um problema gripal, abriu essa brecha e o treinador acabou preferindo-o do que a recém contratação Toko Ekambi. Voltando de suspensões, Fernando Marçal e Rafael ganharam vaga entre os titulares. Além de Cornet, ficavam de fora Koné, Dubois, Reine-Adélaïde e Memphis Depay. Na imagem abaixo é possível ver o OL que começou jogando:




Estádio lotado, torcida pressionando e o PSG querendo jogo. Mas quem começou assustando foi mesmo o Lyon. Em lance pelo lado esquerdo do ataque, Martin Terrier aproveitou espaço, cortou pro meio e bateu cruzado. O chute forte pegou uma curva para dentro e quase surpreende Kaylor Navas. Aos cinco minutos de jogo, foi o primeiro grande lance de perigo em uma partida que se concentrava muito nos duelos do meio de campo.

A resposta do PSG só apareceu aos 13’, quando Di María resolveu desembolar a meiúca em jogada individual e descolou um ótimo passe para Mbappé, rasgando toda a defesa. A jovem promessa parisiense recebeu em excelentes condições, mas acabou finalizando fraco, deixando tranquilo para Lopes defender com os pés. Naquele momento, o PSG era melhor em campo, mas tinha dificuldades em converter a pressão em finalizações.

Mesmo com Mbappé, Icardi e Draxler em campo, o nome do setor ofensivo do Paris Saint-Germain era Ángel Di María. O argentino estava bastante inspirado e foi o responsável direto para a abertura do placar. Recebeu de Draxler uma bola na ponta direita. Foi pra cima de Marçal com muita calma e sem pressa. Quando a marcação de Tousart dobrou, ele rapidamente achou um espaço e bateu firme no cantinho: 1 a 0 aos 22’ de jogo.

Depois de ficar na frente no placar, o PSG dominou o território. Impôs um ritmo de jogo muito mais contundente do que antes, embora o Lyon demonstrasse uma boa movimentação defensiva. O mesmo Di María quase ampliou o marcador aos 29’, quando recebeu bola após uma triangulação rapidíssima do ataque parisiense. Na finalização, bateu muito forte e com efeito, tirando da direção do gol. Naquele momento do jogo, o OL nem flertava com o gol.

O PSG queria mais. Tinha fome. E o Lyon dava espaços. Icardi chegou a marcar após receber bola em profundidade. Iria ser um golaço, encobrindo Lopes de cavadinha. Mas a arbitragem acertou no impedimento sem uso do VAR. Mas logo na sequência, não teve var que impedisse. Icardi recebeu um passe lá da zaga. Dominou tirando de Terrier e Denayer. A sobra ficou com Meunier que achou Mbappé entrando sozinho. O jovem só tirou de Lopes e concluiu: 2 a 0 aos 38’ de jogo!

Antes do apito do intervalo, o PSG teve um segundo gol anulado. E novamente bem cancelado pela arbitragem. Icardi recebeu em profundidade a frente da defesa. Ele faria a assistência para Mbappé concluir o terceiro gol, mas o lance foi impedido. Fato é que quando Icardi e Mbappé acordaram para o jogo, Di María não ficou mais sozinho e as coisas ficaram bem mais fáceis para o Paris Saint-Germain. Foi praticamente um primeiro tempo de ataque contra defesa.

Se o jogo já havia começado de maneira intensa, o segundo tempo teve início com o dobro de intensidade. Isso porque o PSG logo aos 2’ da etapa final conseguiu ampliar o marcador. E de uma forma um tanto quanto estranha. Draxler apareceu na esquerda, tentou o cruzamento rasteiro e Denayer cortou. Mas cortou mal e a bola voltou rapidamente para Draxler, que tentou de novo. Quando Marçal apareceu para fazer o segundo corte, ele mandou para as próprias redes: 3 a 0!

Poucos minutos depois, aos 7’ do segundo tempo, o Lyon também conseguiria balançar as redes. Lembra quando citamos a intensidade? Pois bem. Olha ela aqui de novo. Foi uma belíssima jogada do setor ofensivo do Lyon, em uma triangulação que acabou com Cherki fazendo o passe decisivo para achar Martin Terrier entrando sozinho na área adversária. Ele só tocou na saída de Navas e conferiu: 3 a 1!

Imediatamente após o gol, Rudi Garcia fez duas mexidas no time. Tirou Fernando Marçal e também Rayan Cherki. Colocou, respectivamente, Kenny Tete e Karl Toko Ekambi. A mudança surtiu efeito praticamente imediato. Toko Ekambi, aos 15’ da etapa final, saiu em disparada pelo lado direito, ganhou na corrida da defesa e ao entrar na área, fez um passe curto para quem chegava fechando. Era Dembélé, que só teve o trabalho de empurrar: 3 a 2!

O Lyon cresceu muito no jogo depois do primeiro gol. E parecia muito querer o empate. Dembélé quase conseguiu minutos depois de conseguir o segundo gol do OL. Novamente, como um centroavante, só teve o trabalho de receber e bater de primeira. A bola passou muito perto do gol de Navas. Tuchel mexia imediatamente após o susto, colocando Sarabia no lugar de Draxler em sua primeira mexida, aos 19’ da etapa final.

Depois da mexida, teve mais um gol (bem) anulado do PSG, teve bola na trave de Mbappé, e o Lyon tentando surpreender o adversário no contra-ataque. O jogo tinha todos os ingredientes de uma partidaça. Aos 76’ de jogo, Tuchel colocou Cavani no lugar de Icardi pra tentar voltar a ter perigo ofensivo. Rudi Garcia respondia tirando Terrier por Traoré. A mexida de Paris deu mais efeito. Só foi entrar que Cavani conferiu, aos 80’ o quarto gol do PSG. Recebeu de um Di María sozinho e só teve o trabalho de fuzilar: 4 a 2.

Com o placar em mãos, o PSG colocou Paredes no finalzinho, substituindo Di María. A partir daquele momento, o Lyon não conseguiu mais dar nenhum ataque sequer. O time da casa pressionou muito. Quase ampliou por uma ou duas vezes. Lopes fez uma defesa milagrosa no finzinho, em chute de Sarabia. Mas o destino deu conta daquilo que estava praticamente certo. A diferença técnica entre os dois times era gritante. Não tinha como.

Se você acha que a sequência de jogos difíceis acabou, engano seu. O Lyon agora se prepara para enfrentar um clássico. E ainda com contornos de mata-mata. O time recebe o Olympique de Marseille em casa, em jogo válido pelas quartas de final da Copa da França. Partida única, às 17h05 da próxima quarta-feira (12). Até lá!

FOTOS:  Getty/PSG
CAMPINHOS: L'Equipe


MELHORES MOMENTOS:

(se o vídeo acima não rodar. CLIQUE AQUI)

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