segunda-feira, 18 de abril de 2011

Juninho revela papo com o Vasco e desejo de trabalhar no Lyon no futuro

Filipe Frossard Papini
@BrasiLyonnais / @FilipeDidi


Em entrevista à Fifa, veterano fala também sobre a vida no Oriente Médio, boa performance em cobranças de falta e Copa no Qatar




Sonho de consumo do Vasco, Juninho Pernambucano revelou em entrevista ao site oficial da Fifa que está acertando o seu retorno à Colina, mas preferiu não garantir que a negociação com o clube carioca já esta sacramentada. Desde 2009 no Al Gharafa, do Qatar, o meia de 36 anos também contou que pretende um dia voltar ao Lyon, mas para trabalhar fora das quatro linhas.

- Guardo o Lyon sempre no coração e na memória, por isso tenho vontade de voltar um dia para desempenhar alguma função e ajudar com a minha experiência - observou.

Além de falar sobre o futuro, Juninho fez uma análise de sua passagem no futebol do Oriente Médio e sobre uma das suas maiores especialidades: as cobranças de falta.

- Tenho a capacidade de bater bem na bola, mas o principal é que trabalhei muito para isso. É treinando que se evolui - salientou o meia que, na última sexta-feira, fez um belo gol pelo Al Gharafa.




Retorno ao Vasco

“A verdade é que, no dia em que fui embora, prometi que um dia voltaria para jogar outra vez pelo Vasco. É por isso que os torcedores sempre me perguntam: "Volta quando?" Sei que as portas estão abertas para mim lá. Estou no fim do contrato com o Al Gharafa e recebi uma proposta do Vasco. Estamos conversando e existe uma possibilidade de eu assinar. Infelizmente, se eu assinar agora, não serei inscrito para o começo do Campeonato Brasileiro e só vou poder jogar a partir de agosto, e somente por quatro meses. Mas vou decidir nas próximas semanas.”


Carinho pelo Lyon. Mas mágoa também

“É um clube cuja história marquei pessoalmente. Guardo o Lyon sempre no coração e na memória, por isso tenho vontade de voltar um dia para desempenhar alguma função e ajudar com a minha experiência. Eu poderia ter jogado outras duas temporadas no Lyon. Mas é um pouco a cultura da França: eu era um jogador estrangeiro que ganhava muito e fiquei meio cansado de receber todas as críticas individualmente quando a equipe começou a não vencer mais, e de ouvir as pessoas dizerem que o time só jogava para mim. Eu queria ter continuado, mas gostaria principalmente de ter recebido um pouco mais de apoio de todo mundo. Respeito as críticas, mas começou a ficar complicado fora de campo. Eu não tinha mais escolha, então decidi sair. Mas acho que poderia ter jogado mais duas temporadas. Acredito sinceramente que ninguém é insubstituível, salvo talvez jogadores como Pelé ou Ronaldo quando encerram as suas carreiras, algo que também vai acontecer com o Lionel Messi. Eu não sou insubstituível e o Lyon já virou a página da minha saída.”


Cobranças de falta

“Talvez seja um dom. Tenho a capacidade de bater bem na bola, mas o principal é que trabalhei muito para isso. É treinando que se evolui. O meu sucesso é uma mistura de trabalho, vontade e prazer de treinar. Durante toda a minha carreira, os treinos com bola parada sempre foram muito importantes. Isso se tornou o ponto forte do meu futebol. Continuo tendo o mesmo prazer em trabalhar e é isso o que tento mostrar aos meus companheiros mais jovens. O melhor exemplo para eles é que estou com 36 anos e continuo recebendo propostas para jogar em alto nível. O mais importante é fazer todas as coisas com coração.”


Vida no Oriente Médio

“É muito agradável. Depois de oito anos na França, não tive nenhuma dificuldade especial para me adaptar. É verdade que há uma mudança cultural, mas foi a mesma coisa quando me mudei do Brasil para a França. Sou eu quem está chegando, então cabe a mim fazer um esforço para me adaptar o mais rapidamente possível. E como a qualidade de vida em Doha é muito boa, fica mais fácil se integrar. Foi no âmbito profissional que mais senti a mudança. O futebol do Qatar melhorou muito em qualidade, mas em termos de organização existe uma grande diferença em relação à Europa. Lá, quando começamos o campeonato, sabemos exatamente os detalhes de como será a temporada, enquanto aqui ainda existem muitos atrasos na organização da semana de trabalho e das viagens. Esta é a maior mudança, mas até agora tudo correu bem. É uma bela experiência.”


Copa no Qatar

“Não fiquei surpreso com a escolha, porque o Qatar trabalhou bastante e apresentou um projeto muito bonito. É o primeiro país do Golfo a ser escolhido pela Fifa para sediar a Copa do Mundo e isso deixará as portas abertas para os demais. Todos os países do mundo têm o direito de pedir para receberem uma Copa. Será um torneio incrível e os torcedores terão a possibilidade de ver diversas partidas, porque tudo acontecerá dentro de um perímetro pequeno. É claro que o calor será algo muito importante, mas o Qatar tem tudo para conseguir realizar uma das melhores Copas da história.”

FONTE: Globoesporte.com
FOTOS: FranceFootball / Reuters / sportige



Abaixo, algumas jogadas magistrais do "Reizinho" no Qatar:







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