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Barça martelou de todas as formas. Faltou qualidade, sorte e ousadia. Uma partida que consagrou a defesa do OL, principalmente Denayer e Dubois
Finalmente o Groupama Stadium recebeu o jogo mais importante do Lyon nos últimos tempos. O último confronto entre os Gones e o Barcelona havia sido há dez anos e agora, com um cenário e elencos bem diferentes, os times se enfrentavam novamente. O Barcelona ia a campo, confiante pelo seu elenco – um dos melhores do mundo e capitaneado por ninguém menos do que Lionel Messi, acompanhado de nomes como Rakitic, Luis Suarez e o campeão mundial Ousmane Dembélé. O Lyon, por sua vez, ia a campo sonhando em fazer uma exibição similar ao que fez com o Manchester City na mesma Liga dos Campeões e diante do PSG, pela Ligue 1.
A semana do Lyon foi, de certa forma, bem tensa. Dois de seus principais pilares sentiram dores a partir da última sexta-feira e se tornaram dúvidas para o confronto de hoje. O zagueiro Jason Denayer e o volante Tanguy Ndombele – este último já havia sido dado como carta fora do baralho – conseguiram, enfim, ter condições de jogo e começavam como titulares. A grande ausência, portanto, ficou por conta de Nabil Fekir. O capitão, craque do Lyon e artilheiro do novo estádio do clube estava suspenso e Terrier acabou herdando a vaga, com Memphis Depay assumindo o centro da linha de três. Abaixo, veja como ficou o OL:
Pelo lado estrelado do Barcelona, o problema a ser mais sentido por Ernesto Valverde é na defesa. É sabido que o setor não passa muita confiança e, mesmo com o retorno de Samuel Umtiti – ainda se recuperando e, portanto, no banco – o time tem apenas Piqué e Jordi Alba como peças intocáveis. O lado direito, por exemplo, é está em aberto e hoje foi tomado por Semedo. Ao lado de Piqué, quem assumiu a vaga foi o francês Lenglet. Mas a grande surpresa mesmo ficou no meio de campo. Aturo Vidal não entrou como titular e deu lugar a Sergi Roberto. Com os desfalques de Cillessen, Vermaelen, Todibo, Arthur e Rafinha, a única ausência realmente sentida é do ex-gremista. Veja como ficou a formação:
Com uma festa impressionante no estádio, a torcida do Lyon jogava junto. Mas foi o Barça quem chegou primeiro. Logo no minuto inicial, Ousamane Dembélé escapou pela esquerda com muita velocidade e disparou pelo lado esquerdo de Lopes. Minutos depois, Messi aproveitou saída de bola errada de Aouar e ia avançando até ser derrubado na entrada da área. Na cobrança, o mesmo argentino mandou por cima.
A resposta do OL apareceu logo em seguida, com o mesmo Aouar. Ele recebeu na meia lua da entrada da área, girou e bateu dali mesmo. Ter Stegen estava esperto para buscar no cantinho e mandar para escanteio. Mas era Terrier quem faria o chute mais espetacular do primeiro tempo. Do meio do campo ele arriscou uma pancada. O goleiro do Barça tocou na bola antes dela explodir no travessão. Ali parecia que o OL começava a gostar do jogo.
Mas só parecia. O Barcelona abusaria da sua vantagem técnica e aplicava muito bem sua pressão, apesar das linhas do Lyon funcionarem bem no momento quando não tinha a bola. O OL estava, na verdade, com dificuldades quando tinha a posse. Parecia nervoso e errava muitos passes. Muitos deles acabava criando boas oportunidades para os espanhóis, que até não eram aproveitadas com muito êxito.
Mais perto do intervalo, o Lyon conseguia equilibrar um pouco mais as ações, mas ainda assim era pouco. Memphis Depay, finalmente, conseguiu aparecer para o jogo e arrumar uma boa assistência para Moussa Dembélé. Já dentro da área, o centroavante do Lyon tentou bater de primeira, mas Piqué estava esperto e conseguiu evitar a finalização, mandando o perigo para escanteio.
A grande estratégia do Barcelona no jogo era marcar sob pressão a saída de bola do Lyon. Isso dificultava bastante o OL a sair com a bola. Não tinha, por exemplo, qualquer alternativa para Lopes sair para o jogo com os defensores ou laterais. Logo apareciam dois ou três jogadores espanhóis para fecharem o passe. E o time da casa tinha extrema dificuldade com isso, e acabava perdendo quase todas as bolas para o Barça.
Além disso, Messi era um jogador que tinha muito espaço. Teve durante todo o primeiro tempo. Por sorte dos torcedores do OL, Ousmane Dembélé e Luisito Suárez pareciam estar num dia pouco inspirado e tinham dificuldades para entender a mentalidade do gênio argentino, que praticamente tentava fazer tudo sozinho e, obviamente, não conseguia – mesmo tendo posse e espaço.
Na segunda etapa, diferentemente do começo da partida, quem começou impondo seu jogo foi o Lyon. Memphis Depay foi quem fez a primeira grande jogada de perigo. Ele aproveitou uma bola mal cortada pela zaga espanhola e mandou um chute cruzado. A bola passou tirando tinta da trave direita de Ter Stegen. Nos primeiros minutos do segundo tempo, só dava Lyon no Groupama Stadium.
Rapidinho, o jogo se equilibrava novamente, mas de uma maneira um pouco diferente da primeira etapa. A partida ficava mais aberta. Chance de contra-ataque para os dois lados. O Lyon um pouco mais perdido para tentar encaixar um lance mais eficiente, enquanto o Barça tinha Messi, que era um perigo iminente. O gol parecia querer aparecer a qualquer momento, em qualquer um dos lados.
Aos 21’ da etapa final, Valverde fez sua primeira alteração na partida. Colocou o brasileiro Philippe Coutinho e tirou Ousmane Dembélé. Logo depois, Génésio também trocou. Tirou Bertrand Traoré e colocou Lucas Tousart, segurando um pouco mais a marcação no meio e liberando mais Aouar e Ndombele. Mas era o Barça quem chegava. Não marcou por pouco, quando Suárez escorregou na marca do pênalti ao receber um cruzamento rasteiro. Era a bola do jogo.
Já na casa dos 30’ do segundo tempo, o Lyon mexeu de novo. O algoz do City, Maxwel Cornet, entrou no lugar de Terrier. Mas era o Barça quem continuava melhor. Toda vez que tinham a bola aos pés, criavam ótimas oportunidades reais de gol. Podemos dizer que o OL deu sorte na maioria das vezes. Mas também houve competência. Dubois e Denayer faziam uma partida praticamente irretocável.
A segunda mexida do Barcelona foi a entrada de Arturo Vidal no lugar do Sergi Roberto. Já Bruno Génésio trocava Ndombele por Cheikh Diop em sua última troca. Isso já era próximo do fim do jogo e o empate parecia algo de bom tamanho para o Lyon, que colocava o ônibus na entrada da área e tentava não deixar o Barça passar dali. Mas era um tipo de jogo arriscado, pois dava todo espaço para os espanhóis jogarem.
O restante do tempo ficou naquela famosa tática do bumba meu boi. O Barcelona tentava de todo jeito arrancar algum gol, mas faltou mais ousadia, mais finalização. Enquanto isso, o OL só se preocupava em defender. Chegaram a derrubar Messi na entrada da área, que acabou batendo a cobrança na barreira. Não era dia do Barcelona. E o Lyon parecia também não querer fazer gol. Justamente por isso, o empate em zero gol ficou de ótimo tamanho.
E você acha que tem moleza? Não tem, não. O Lyon agora enfrenta uma sequência de dois jogos importantes. Primeiro, encara o Monaco - que está reagindo na competição. Jogo no domingo (24), às 17h do horário de Brasília, válido pela 26ª rodada da Ligue 1. Três dias depois, encara o Caen, no Groupama Stadium, pelas quartas de final da Copa da França em jogo único. Até lá!
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