domingo, 10 de fevereiro de 2019

Mesmo melhor em campo, Lyon perde para o Nice e quebra sequência de vitórias

Filipe Frossard Papini
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OL buscava sua sexta vitória consecutiva, mas parou na ineficiência de não conseguir balançar as redes da Allianz Riviera, mesmo sendo muito melhor em campo




O Lyon encerrou a rodada da Ligue 1 neste domingo. O adversário era o Nice, time que recentemente construiu bons elencos e aparecia como uma força extra no Campeonato Francês. O objetivo dos dois times, claro, era a vitória. Mas ambos possuem expectativas diferentes na competição. O Lyon ainda quer buscar a vice-liderança da Ligue 1 e, para isso, precisa passar o Lille na tabela. Enquanto isso, o OGCN quer subir e melhorar sua colocação para, quem sabe, conseguir morder uma vaguinha para a próxima edição da Liga Europa.

Para tentar acabar com os planos do Lyon, Patrick Vieira montou seu time no 4-3-3 e com alguns desfalques importantes, como Atal, Danilo, Makengo e Lees-Melou, acabou tendo que ser obrigado a levar para o banco uma safra de jogadores bem jovens como Pelmard, Sylvestre, Wade e Pélican. Estes dois últimos, inclusive, tinham suas primeiras convocações para a equipe profissional como jogadores de futebol. Além dessas novidades, o Nice também trazia dois jogadores que tiveram passagens recentes pelo OL. Myziane Maolida, criado na base dos Gones, começava jogando no centro de ataque. O lateral Jallet, em contrapartida, era banco. Veja a escalação:




No lado do Lyon, quase nenhum desfalque para este jogo. A dor de cabeça de Bruno Génésio era escolher sua melhor safra para colocar em campo. Sendo assim, ele decidiu não ousar muito e acabou optando pelo mesmo time que vem usando frequentemente, no 4-2-3-1. A diferença que pode haver nesse time que entra em campo hoje para o time considerado ideal é a presença (ou não) do lateral brasileiro Rafael. Ele acaba se recuperar de uma lesão com intervenção cirúrgica no púbis e está fazendo o trabalho de retorno pelo Lyon B. Quando retornar 100%, não se sabe se pegará a vaga que hoje é de Dubois. Na imagem abaixo você pode ver como ficou o OL para este jogo:




No comecinho do duelo, o Nice mostrou logo seu cartão de visitas. Antes mesmo de completar um minuto de jogo, Ganago apareceu com muita velocidade, passou na correria por Denayer e conseguiu chegar dentro da área do Lyon. Só foi parado por Lopes, que estava atento. O mesmo Ganago apareceria novamente aproveitando uma saída de bola errada do OL. Mais uma vez, parado pelo goleiro do OL.

O Lyon demorou um pouco para entrar no jogo. Mas quando gostou do jogo, aparecia por todos os lados: pela direita com Traoré, pelo centro com Fekir e, principalmente, pela esquerda com o Memphis Depay. Antes mesmo dos 20’ de bola rolando, já tinham sido dois gols anulados e duas penalidades corretamente não marcadas. De fato, o OL parecia melhor em campo, parecia um detalhe o gol não aparecer, mas faltava ainda as finalizações.

O lado esquerdo realmente parecia o local do pote de ouro. Ferland Mendy, dobrando o apoio a Memphis Depay, praticamente fez duas das melhores jogadas do OL na primeira etapa. No primeiro cruzamento, Traoré foi quem pegou no segundo pau. Teve tempo de dominar e bater forte. Benítez foi bem. No lance seguinte, foi Memphis Depay quem apareceu para completar. O chute travado pela zaga acabou saindo em escanteio. Neste momento, o OL esmagava o Nice no seu campo de defesa.

O time da casa, mesmo sofrendo uma pressão danada, tinha uma estratégia bem definida: pegou a bola? Joga no Saint-Maximin ou no Ganago. E eles, realmente, eram o grande perigo que o Nice tinha para tentar envenenar o jogo. O OL parece ter entendido isso e dobrava ou triplicava a marcação quando um desses dois pegava na bola. Maolida acabava ficando sem muita marcação, mas faltava qualidade para ditar o jogo.

Antes do fim do primeiro tempo, o Lyon teve outras oportunidades para abrir o marcador. Memphis Depay tentou de fora da área. Assim como Mendy também buscou um chute depois de escanteio curto. Mas a melhor destas chances foi quando Léo Dubois fez uma ótima jogada pela direita, recuperando a bola no campo de defesa e avançando até o fundo. No cruzamento, Memphis Depay acabou não chegando a tempo.

A primeira etapa se resumiu em um amplo controle do Lyon, apesar de surpreendentemente as estatísticas apontarem uma superioridade de 2% para o Nice. Apesar de ter se portado de forma permissiva, o time da casa conseguiu estabelecer um bom duelo tático no meio de campo e principalmente físico no setor ofensivo. Ambos os times tiveram oportunidades, mas o Lyon não abriu o placar por várias vezes por uma questão de detalhe.

No comecinho da segunda etapa, o Lyon parecia ter voltado com o freio de mão puxado. Mas era só impressão. Não precisou de dez minutos para o time mostrar que realmente tinha mais qualidade técnica. Numa dessas tentativas de chegada, o OL meteu uma bola na trave depois de uma cobrança de escanteio. Ndombele subiu mais que todo mundo e finalizou no post direto do goleiro Benítez.

Patrick Vieira percebeu que o time dele tinha de tudo para sofrer um gol a qualquer momento e resolveu mexer. Mandou o estreante Pélican pro jogo e tirou Maolida. Logo após ele entrar, o VAR pegou um pênalti de Ndombélé em Ganago. Bem marcado, inclusive. Na cobrança, o volante Rémi Walter bateu com excelência, no ângulo, e colocou a vantagem no placar. Se existe injustiça no futebol, aqui tínhamos um belo exemplo.

Depois de fazer o gol e voltar a sofrer pressão, Vieira mexeu pela segunda vez. Ele tirou uma de suas válvulas de escapa, Ganago, e colocou o lateral direito Jallet, que acabou entrando para fazer a cobertura do lado esquerdo, quase como um terceiro zagueiro. Isso significaria que o Nice chamaria ainda mais o Lyon para o jogo e se recuaria ao máximo para tentar segurar o resultado que, de certa, forma, era surpreendente.

Antes de trocar Traoré por Terrier, o Lyon teve duas oportunidades incríveis de poder alterar o placar. Primeiro, com uma jogada pelo lado direito. Dante rebateu mal e a bola sobrou para Memphis Depay na marca do pênalti. O holandês finalizou bem, mas Walter Benítez, quase operando um milagre, buscou no cantinho. Uma defesaça! Na sequência do lance, em bola alçada na área, Marcelo desperdiçou a bola que recebeu no segundo pau.

Em mais um esboço de recuar tudo, Patrick Vieira tirou Saint-Maximin e colocou outro estreante: Paul Wade. Agora, literalmente, era ataque contra defesa no finzinho do jogo, mas a pressão e o nervosíssimo tomava conta. Memphis Depay arriscava de qualquer jeito, muitos passes errados e bolas alçadas na área sem qualquer calma. No fim, Génésio colocou Tete e Cornet nos lugares de Dubois e Aouar e não haviam mais trocas a serem feitas.

A arbitragem anotou cinco minutos de acréscimos e o desespero do OL continuava. Marcelo já havia se tornado centroavante naquele momento e qualquer bola rifada na área era um suspiro a mais nas arquibancadas da Allianz Riviera. Por fim, o gol acabou não saindo e o OL amargou uma derrota das mais frustrantes da temporada inteira. Teve o jogo nas mãos o tempo inteiro e não conseguiu fazer o que deveria ser feito.

O Lyon volta aos gramados agora na próxima sexta-feira (15). Vai enfrentar o lanterninha da competição, Guingamp, podendo até mesmo emplacar um time misto ou reserva, já visando o jogo contra o Barcleona no dia 19. A partida contra o EAG será válida pela 25ª rodada da Ligue 1, às 17h45 do horário de verão de Brasília. Até lá!

FOTOS: ognice.com / ol.fr
CAMPINHOS: L'Equipe


MELHORES MOMENTOS:
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