sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Lyon visita Bordeaux e times não saem do zero no placar na abertura da 3ª rodada da Ligue 1

Filipe Frossard Papini
Twitter: @FilipeDidi / Twitter: @BrasiLyonnais
Facebook: /BrasiLyonnais / Medium: @BrasiLyonnais


Aouar, que entrou no segundo tempo, foi quem criou a chance mais perigosa do jogo: uma bola na trave




Depois da rápida pausa para dar vasão aos jogos de Data Fifa, em especial a Liga das Nações, o Lyon retomou seu calendário normal e entrou em campo hoje pela 3ª rodada do Campeonato Francês. No entanto, este era apenas o segundo jogo do clube pela competição, já que teve sua primeira partida – que em tese seria a de estreia – adiada por causa do avanço na Liga dos Campeões. O adversário era o Bordeaux, que abria as portas do Matmut Atlantique para tentar manter sua invencibilidade de uma vitória e um empate e seguir começando a Ligue 1 com o pé direito.

Para esse duelo, Jean-Louis Gasset preparou um time com uma escalação teoricamente ofensiva, principalmente se comparado ao que o Lyon trazia para o jogo. Montado no 4-2-3-1, sem a presença de Zerkane e do brasileiro Pablo, outro brasileiro fazia às honras no time principal. O volante Otávio começava jogando, fazendo dupla com Basic. Destaque também para a zaga girondina, formada pelos mega experientes Baysse e Koscienly. No banco, preparado para cometer a lei do ex, estava Jimmy Briand. Veja os 11 iniciais do Bordeaux:


O Lyon, ainda embalado pela sequência que conseguiu emplacar na Liga dos Campeões, não abdicou da sua formação montada com três defensores. Sem Marçal, negociado no começo da semana com o Wolves, Andersen acabou assumindo a posição no trio de zaga pelo lado esquerdo. No meio, Aouar – se recuperando de um teste positivo de COVID-19 – acabou sendo preterido e começava no banco de reservas. Sendo assim, Rudi Garcia não entrou no 3-5-2 e preferiu um 3-4-3, colocando novamente o trio Memphis Depay, Toko Ekambi e Dembélé. Para ausência nesse jogo, somente Reine-Adélaïde, com problema na panturrilha. Assim entrou o OL em campo:


Quando o árbitro Ruddy Buquet apitou para iniciar o jogo, aquela postura ofensiva que se esperava do Bordeaux, somente vendo a tática pré-jogo, não aconteceu. Muito rapidamente o OL mostrou quem mandava realmente na partida. Rondava a área girondina em busca de um espaço para penetrar, mas o time bem fechadinho de Gasset não dava muitos espaços para essas incursões.

O método mais eficiente talvez fossem os cruzamentos. Cornet quase achou o ouro quando, aos 8’, descolou um passe rasteiro, vindo da esquerda. Dembélé apareceu sozinho no primeiro pau e arrematou de primeira. Costil nem tinha visto a bola e, por sorte do goleiro, ela saiu com capricho e com forte perigo, ao seu lado direito. A intensa pressão dos Gones acontecia, mas chances de gol, de fato, eram poucas.


Se chegar ao gol estava difícil, o problema poderia ser simplesmente a ausência de Aouar, que geralmente faz esse papel de ligação do meio de campo com o ataque. As ligações direitas eram recorrentes, ou então Bruno Guimarães e Caqueret se forçavam a avançar para tentar fazer a função. Mas, ao menos no primeiro tempo, não funcionava. Não à toa, Toko Ekambi, Memphis Depay e Dembélé praticamente sumiram na etapa inicial.

Na metade pra frente do primeiro tempo, o Bordeaux tentou forçar um equilíbrio do jogo, tentando manter mais a posse de bola. Mas se o Lyon tinha problemas no setor criativo, o Bordeaux era praticamente nulo nessa questão. Era inegável que se defendia bem, mas encontrava enormes dificuldades do meio pra frente. Dependia exclusivamente de um erro do Lyon, principalmente na saída de bola, para tentar incomodar. E isso era muito pouco.


Perto dos 40’ ainda do primeiro tempo, o Lyon teve dois momentos que poderia ter aproveitado bem a situação. Caqueret achou Dubois passando nas costas do defensor. O lateral recebeu a bola, carregou, mas não soube caprichar no cruzamento. Era a oportunidade quase inédita que surgiu no jogo. Depois disso, o OL teve mais um momento dentro da área do Bordeaux que, novamente, foi desperdiçada sem causar perigo.

A situação da primeira etapa foi tão desanimadora que Rudi Garcia, antes mesmo do apito do intervalo, já tinha colocado Kadewere, Jean Lucas e Thiago Mendes para aquecerem. Enquanto isso, o Bordeaux tentava chegar. As duas oportunidades que criaram no primeiro tempo foram de bola parada. E no finzinho dessa etapa final, quase chegaram. Não o fizeram porque Paul Baysse furou na hora H.


Na segunda etapa, claramente o Lyon voltava com uma postura mais ofensiva. Nenhuma troca por parte de Rudi Garcia para voltar ao campo, mas certamente houve uma chamada diferenciada no vestiário para os jogadores voltarem mais ligados no jogo. Dubois, por exemplo, quase aproveitou boa chance logo no comecinho. Se não fosse o zagueiro Baysse, Dembélé completaria para o gol. O defensor pressionou bem.

Em outra oportunidade criada pelo Lyon vinda pelo lado direito, a bola sobrou em ótimas condições para Toko Ekambi. Mas o centroavante, de forma muito atrapalhada, acabou concluindo com um chute que nem cruzou e nem finalizou. Imediatamente, isso chamou atenção do Rudi Garcia que, ali sim, mexeu no time. Colocou Thiago Mendes e Aouar para as estranhas saídas de Bruno Guimarães e Dembélé. Poderia, claramente, trocar outras peças.


Gasset respondeu com a entrada de Adli no lugar de Kalu. E antes deles mexerem de novo, com Briand e Maja nos lugares de De Préville e Hwang, enquanto Memphis Depay dava espaço para Kadewere, o Lyon conseguia chegar com ligeiro perigo mais uma vez. O mesmo Memphis Depay, que sairia minutos depois, dominou uma bola na entrada da área e deixou fácil para Thiago Mendes bater dali mesmo. A bola não entrou por detalhe. Passou perto. 

O Lyon melhorava consideravelmente, mas ainda tinha pouca chegada com chances reais de perigo. Talvez, a melhor do jogo foi criada por Aouar. Ele aproveitou que a defesa do Bordeaux saiu toda atrapalhada e recuperou a bola na entrada da área. Driblou o primeiro marcador e bateu com categoria no cantinho. Costil já estava batido no lance. Cornet aproveitou o rebote e mandou em cima da zaga.


Minutos depois, Rudi Garcia fazia sua quarta mexida, colocando Rayan Cherki para substituir Toko Ekambi. O jogo ganhava um pouco mais de intensidade na reta final. Os dois times não pareciam nada satisfeitos com o placar em branco. Mas, naquela altura, o relógio já era o maior inimigo de quem quisesse buscar o gol. E como a pressa é inimiga da perfeição, os jogadores começaram a ficar mais nervosos também e errarem lances fáceis.

Já no finzinho, Gasset percebeu que era melhor segurar o empate do que tomar um gol do Lyon nos últimos minutos. Mexeu de novo, tirando o meia Oudin para colocar o lateral Poundjé, recuando ainda mais o time. Mas nem mesmo os quatro minutos de acréscimos foi o suficiente para o Lyon tentar explorar ainda mais a defesa girondina para abrir o placar, que permaneceu em branco até o fim: 0 a 0!


O OL volta aos gramados rapidamente, já na próxima terça-feira (15), em partida válida pela 1ª rodada do Campeonato Francês, aquela, que havia sido adiada pelo fato do Lyon ter conseguido avançar e ir longe na Liga dos Campeões. O adversário será o Montpellier, no Stade de La Mosson. A partida está marcada para às 16h.

FOTOS: ol.fr | Getty Images
CAMPINHOS: L'Équipe


MELHORES MOMENTOS:
(se o vídeo acima não rodar. CLIQUE AQUI)

Quer mais informações sobre o Lyon via BrasiLyonnais? Clique nos botões abaixo e siga-nos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário