domingo, 20 de março de 2022

Lyon visita o Reims, o placar não sai do zero e o meio de tabela é cada vez mais realidade

Filipe Frossard Papini
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Sem progredir na Ligue 1, OL continua na 10ª colocação e essa posição parece ser o destino dos Gones até o fim




O Lyon vem muito bem na Liga Europa. Passou pelo Porto e garantiu vaga nas quartas. Mas na Ligue 1, a conversa é diferente. O time de Peter Bosz é bastante irregular, e quando emplaca uma vitória, não consegue ter uma sequência, sempre tropeça pouco tempo depois. Isso justifica, inclusive, a atual 10ª colocação – antes da bola rolar, nesse domingo. Um time que não tem personalidade no Campeonato Francês, mas que precisa ajustar esse caminho, principalmente agora, em reta final de campeonato. Todo jogo precisa ser uma final.

O OL então vai ao Stade Auguste-Delaune para enfrentar o Reims, um time organizado e que entra em campo na 12ª colocação, mas com um departamento médico bem cheio, situação que deixou o técnico Óscar García de cabelo em pé, principalmente na montagem do ataque. Para esse jogo, ele não teria os seus melhores homens de frente e nem os seus reservas. Zeneli, Donis, Touré e Ekitiké estão fora. Juntam-se a lista o volante Cajuste e os zagueiros Gravillon e Sissoko. O meia Kebbal precisou fazer ataque com o único atacante que restou, Hornby. Veja o time que entrou em campo:


O Lyon tinha menos problemas para montar seu time, no departamento médico, somente quatro nomes, dois deles que já não jogam mais nessa temporada por caso cirúrgico (Diomandé e Cherki), além de Boateng, com um problema no tornozelo e Faivre, que vinha sendo titular absoluto e sentiu um desconforto muscular. Bosz poderia mexer somente no ataque, substituindo naturalmente Faivre. Mas ele decidiu rotacionar o time. Trocou os laterais e Gusto e Henrique começavam jogando. Ndombele também foi pro banco no meio, dando lugar a Aouar. No ataque, foi Kadewere quem ganhou a vaga de Faivre. Veja a formação titular do OL:


Com bola rolando, o Reims queria impressionar no comecinho e emplacou uma pressão incomum ali com três minutos iniciais. Chegou e chegou bem, principalmente pelo lado esquerdo do campo. O OL se assustou, mas não foi o suficiente para o time da casa abrir o marcador. Foi o próprio Lyon quem levou perigo real, aos onze minutos, quando Toko Ekambi trabalhou bem a bola no meio, abriu para Gusto na direita que cruzou para Aouar acertar a zaga. Era uma ótima chance!

Aquela pressãozinha inicial do Reims mostrava-se cada vez mais rara com o passar do tempo. O time claramente entrou em campo com uma postura defensiva. Marcava praticamente com duas linhas de cinco e praticamente povoava demais a intermediária sem dar espaços para o OL entrar por ali. Os comandados de Peter Bosz tentavam pelo meio e pelo lado direito, mas só as bolas cruzadas é que conseguiam chegar no miolo.


O Reims chegaria com real perigo aos 28’ de jogo. Uma falta que Caqueret cometeu na intermediária gerou um lance de bola parada para o time da casa que fez Bersiha achar Abdelhamid no meio do bolo da área. O zagueirão até conseguiu acertar bem a bola, mas Lopes fez uma defesa sem problemas. No lance seguinte, Peter Bosz, técnico do Lyon, falou algo com o árbitro e foi expulso direto. Sem titubear. OL ficava sem seu técnico naquele momento.

O que era interessante no jogo com bola do Lyon era entender a movimentação de Malo Gusto, o jovem lateral que foi criado na base do clube. Como ele é muito rápido e com cacoete muito ofensivo, ele atuava praticamente como um atacante pela beirada, o que dava a oportunidade de Kadewere entrar mais para a área e até mesmo de Toko Ekambi flutuar do outro lado do campo até ele na direita e fazer algumas jogadas de inversões. Era a principal válvula ofensiva dos Gones.


Na parte defensiva, o destaque era jovem Castello Lukeba, também oriundo da base do Lyon, tomou conta da posição e dificilmente perde alguma dividida, principalmente se for preciso impor o físico ou entrar em velocidade. As poucas chances que o Reims teve com a bola para tentar emplacar agilidade ofensiva, Lukeba apareceu para limpar o lance e evitar qualquer perigo nesse sentido. Partida discreta, mas essencial do zagueiro.

O Reims, nesse primeiro tempo, conseguiu assustar o OL somente em bolas paradas. Um escanteio já no finzinho, por exemplo, gerou outro escanteio após Dembélé desviar a bola para fora e, na sequência, criou um contra-ataque interessante para o Lyon conseguiu finalmente ir com bola aos pés sem ter muita gente povoando a área. Mas sempre falta paciência com a bola aos pés para fazer o jogo acontecer nesses momentos. OL pecou nas pequenas chances que teve.


Na etapa final, o jogo ganhou um volume que praticamente não apareceu no primeiro tempo. Antes dos cinco minutos, o OL já tinha criado duas chances bem parecidas. Ambas pelo lado direito, uma com Kadewere e a outra com Gusto. Cruzamento para a área. A primeira Dembélé tentou de letra e passou perto. Na segunda, a bola passou por Toko Ekambi e Dembélé. Dessa vez o centroavante do OL acertou a trave. Um minuto depois foi a vez de Aouar arriscar da entrada da área, antes de ver a bola ser desviada para escanteio.

A boa pressão do OL fez o Reims também sair da casinha. O time de Óscar García, que voltou para o segundo tempo com Lopy no lugar de Munetsi, teve sua melhor chance do jogo aos nove, em boa jogada pela direita em que Hornby recebeu em ótimas condições na área, mas preferiu fazer o pivô e deixar para Konan pegar um lindo chute da entrada da área e forçar uma defesa excepcional de Lopes, que buscou no ângulo.


Antes dos 15’, García mexeria mais duas vezes no Reims, colocando o jovem Kamory Doumbia e Locko, nos lugares de Berisha e Kebbal. Por incrível que pareça, as alterações surtiram um ótimo efeito no time da casa. Aquela postura de outrora, de ficar somente defendendo e esperando o OL chegar, acaba ali. O Reims começou a gostar do jogo e incomodava demais, inflamando a torcida que lotava o Auguste-Delaune.

Perto dos 30’ de jogo, o Lyon fez sua primeira mexida no jogo, com Reine-Adélaïde no lugar de Dembélé. No Reims, a quarta mexida de García foi tirar o centroavante Hornby para colocar o outro Doumbia, o Moussa. Pouco tempo depois, o OL mexeria de novo e finalmente Bradley Barcola – recém convocado para o sub-20 da França – receberia mais uma oportunidade de jogo, entrou com 36’ do 2º tempo.


O Lyon via o placar passando e a cada minuto em que as coisas não funcionavam, o time perdia ainda mais a cabeça. Começou a se irritar bastante com faltas não marcadas e outras dadas e o próprio árbitro começou a ser alvo das reclamações dos atletas em campo. Toko Ekambi chegou a receber amarelo por reclamação acintosa. Enquanto isso, a bola não passava nem perto do goleiro Rajkovic.

No fim do jogo, o Reims fez sua última mexida com Flips no lugar de Foket, e logo antes dessa mexida, o OL teve sua oportunidade de ouro em lance de bola parada na entrada da área e Paquetá mandou na arquibancada. E no último lance do jogo, Aouar teve uma oportunidade ainda melhor, já dentro da área. Mas ele chutou muito fraco e Rajkovic, no reflexo, conseguiu evitar aquele que seria o gol nos acréscimos.


O Lyon agora tem uma longa pausa de uma semana para recarregar as baterias e retorna somente no dia 3 de abril, daqui dois domingos, quando vai receber, no Groupama Stadium, o Angers. Esse será mais um jogo válido pelo Campeonato Francês, 30ª rodada. A partida será no mesmo horário em que essa foi: às 13h05. Até lá!

FOTOS: stade-de-reims.com | ol.fr
CAMPINHOS: Canal+

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