Filipe Frossard Papini
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Gouiri marcou o primeiro gol para os visitantes ainda na etapa inicial, mas Tolisso, Lacazette e Barcola decretaram o 3-1 numa virada épica no segundo tempo
Depois de vencer o Paris Saint-Germain na rodada passada e começar a semana “grandão”, o Lyon teve talvez o seu maior tropeço na temporada ao cair para o Nantes na semifinal da Copa da França no meio de semana. O sabor amargo ainda se apresenta no paladar do torcedor e – não somente por isso – a maior organizada do OL preparou um boicote para a partida deste domingo do clube na Ligue 1. O Lyon, em 9º lugar, precisaria subir ao menos 4 posições (algo que não conseguiu desde o começo) em 10 jogos para conquistar o seu objetivo na temporada, que é se classificar para uma competição internacional. Diante deles, um adversário que é uma pedra no sapato e concorrente direto: o Rennes, atual 6º.
Sem poder contar com Dejan Lovren, que se machucou nesse jogo do meio de semana, Laurent Blanc não confiou em simplesmente lançar mão de Boateng e resolveu mudar a formação tática novamente, agora adotando um 4-3-1-2. Preencheu o meio de campo com mais um volante e manteve o restante da estrutura do time. Outros desfalques para esse jogo eram o lateral direito Malo Gusto e o atacante Amin Sarr, já questões resolvidas em partidas anteriores e sem nenhum mistério. Assim ficou escalado o OL:
Se a questão era desfalques bagunçando a cabeça do treinador, a situação do Rennes era bem mais incômoda ao técnico Bruno Génésio. Ele já foi para esse jogo com quatro lesionados importantes na construção do seu plantel: os laterais Assignon e Truffert, o volante Xeka, além do principal atacante do time na temporada, Martin Terrier. Se somam a eles o também atacante Toko Ekambi, que foi contratado justamente para suprir a ausência de Terrier, mas ele é emprestado pelo Lyon e a cláusula não permite. De última hora, ainda perderam o goleiro Mandanda, que sentiu dores momentos antes do jogo. Portanto, o time a campo foi esse:
Com um Groupama Stadium parcialmente vazio, o som dos treinadores na beira do gramado parcialmente dava para se ouvir da transmissão. E a coisa quase descambou geral com um minuto de jogo, momento em que o Rennes conseguiu sua primeira chance de gol, com Meling aparecendo pela esquerda e fazendo um cruzamento para Bourigeaud receber em ótimas condições e finalizar até bem. Tolisso tirou o perigo em cima da linha.
Se o Rennes não havia conseguido abrir o placar no primeiro minuto, ele precisou de apenas mais dez para conseguir o feito. Tudo começou em uma jogada de velocidade do time visitante onde o Lyon recuperou a bola. Mas Barcola decidiu driblar perto da área e, cercado de quase cinco adversários, perdeu a bola para Gouiri. O ex-atacante do Lyon deu uma caneta em Diomandé antes de bater no ângulo para fazer valer a “lei do ex”. 11’ de jogo: 1 a 0!
Mesmo com um gol de vantagem, era o Rennes quem insistia mais no jogo. Bourigeaud teve duas chances seguidas. Uma primeira de cobrança de falta e depois em troca de passes dentro da área do Lyon, onde um apagão geral da defesa teve a cereja do bolo com Tagliafico tentando espanar a bola e acertando a cara de Lukeba. Bourigeaud pegou o rebote, mas acabou acertando a rede pelo lado de fora.
O time do Lyon claramente sentia o peso do jogo, com protesto dos poucos torcedores presentes e uma falta de confiança do tamanho do estádio inteiro. Muitos erros de passes, muitos botes mal dados, alguns cartões distribuídos e uma bola minúscula jogada em campo. De fato, como disse a própria organizada “Bad Gones”, parecia realmente um dia para ficar em casa a aproveitar a Páscoa com a família. O OL estava deprimente em campo.
Não à toa, a primeira jogada de perigo dos Gones só aconteceu aos 35’ de jogo, quando Lacazette carregou a bola na intermediária, perdeu a passada, a bola sobrou para Cherki que, como sempre, tentou driblar. A bola foi perdida e sairia pela lateral, mas Barcola recuperou e colocou na área para Lacazette subir de cabeça e disputar com Theate e sair calmamente para escanteio. Foi a primeira chance do time ali.
No finalzinho do 1º tempo, o OL até tentou crescer um pouco no jogo, mas faltava muita coisa. O time parecia perdido, sem comando e organização alguma. Era bola pra frente para os três jogadores ofensivos tentarem resolver de qualquer jeito por lá. Presa fácil para o Rennes, que não era um timaço ali, mas conseguia resolver a maioria das jogadas do Lyon com alguma facilidade e o mínimo de organização.
Na volta do intervalo, essa tendência do Lyon querer gostar do jogo ia evoluindo, de forma de tímida, é verdade, mas era sensível aos olhos. Cherki quase achou Barcola aos 10’ do segundo tempo e por pouco o jovem atacante não empata. Poucos minutos depois, Lacazette teve dois momentos no mesmo lance onde os jogadores pediram pênalti para a arbitragem. O VAR até analisou o lance, mas nada marcou.
Não seria nesse lance de possível pênalti que o Lyon reagiria, mas, sim, na sequência. O OL cobrou escanteio curto e Tolisso recebeu bola na entrada da área e sem marcação. O cochilo do Rennes fez o volante arriscar dali mesmo. E ele acabou marcando um golaço que certamente estará na lista dos mais bonitos da rodada. Mandou uma bomba que acertou o ângulo de Alemdar. Era o empate do Lyon aos 15’ da etapa final, e em um bom momento do Lyon na partida.
A reação confirmada do OL não demorou mais do que seis minutos. Era nítido que o time tinha achado o caminho do gol. Em um lance de pressão do Lyon no ataque, Theate tirou mal a bola e ela sobrou na entrada da área para o volante Lepenant. Como ele não tem cacoete de finalização, acabou realmente batendo mascado na bola. Que tomaria o caminho estranho da linha de fundo, mas acabou servindo de assistência para Lacazette, em posição quase milimétrica antes da linha de impedimento declarar a virada: 22’ do 2º tempo: Lyon 2-1 Rennes.
Depois de sofrer o segundo gol, ainda sob a análise do VAR, Bruno Génésio promoveu três mudanças imediatas no jogo, colocando Tait, Doku e Désiré Doué para as saídas de Ugochukwu, Majer e Kalimuendo. Abriria mão de um volante e colocaria seu time de forma bastante ofensiva. O Lyon imediatamente sentiu que o adversário não estava para brincadeira e também colocou o pé no freio. Abraçou a vantagem e não se lançava mais ao ataque como anteriormente. Detalhe: Blanc não promoveria nenhuma mudança no time até ali.
Numa dessas de segurar tudo lá atrás, o Lyon conseguiu foi marcar mais um. No mais beabá de todos do futebol: o contra-ataque. Enquanto o Rennes tentava, o OL recuperou a bola e lançou Lacazette no ataque. O atacante prendeu e deu para Cherki prosseguir carregando até a linha de fundo. Theate não roubou a bola e o mesmo Cherki foi até o fundo, cruzou pra trás e Barcola apareceu para finalizar no cantinho: 3-1 e mais uma mudança no Rennes com Salah em campo no lugar de Santamaría.
No final das contas, Bruno Génésio queimou sua última alteração no finzinho, trocando os Doués: Désiré por Guela – provavelmente o primeiro, que já havia entrado no 2º tempo, sentiu algo e deixou o campo. Mas Laurent Blanc fechou o jogo sem fazer qualquer mudança de substituição. Se garantiu fisicamente mesmo tendo jogando no meio de semana e o adversário só na rodada passada. Vitória maiúscula para um momento tão delicado. E o time fechou o jogo na provisória 7ª colocação. Incrível!
O próximo compromisso do OL é somente no próximo domingo (14), ao menos em um horário menos ingrato do que 8h da manhã. Fechará a rodada, às 16h do horário de Brasília em confronto diante do Toulouse, fora de casa. O duelo marca a 31ª rodada da Ligue 1 e também um espelho daquele que eventualmente seria a final da Copa da França caso o OL tivesse passado do Nantes. Gostinho amargo para o torcedor. Até lá!
CAMPINHOS: Prime Vídeo
FOTOS: ol.fr | Getty Images
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