Lyon perde pênalti, mas vence o podero$o PSG na base da raça!

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Filipe Frossard Papini
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Lacazette chegou a acertar uma penalidade na trave, mas o jovem Barcola, que começou no banco, deu a vitória a OL!

Depois daquela tradicional pausa para jogos de seleções nas datas Fifa, o Lyon finalmente voltava aos gramados nesse domingo, em jogo para encerrar a 29ª rodada da atual temporada da Ligue 1. Em jogo, dois times em situações bem diferentes e com objetivos bem distintos também. Os parisienses, líderes do campeonato, colocavam toda sua expectativa num jogo para afirmar cada vez mais sua liderança no campeonato, enquanto o OL tinha como missão sair do meio da tabela e começar a incomodar o pelotão mais acima, em busca de uma vaguinha em competições internacionais da temporada que vem.

Em campo, o PSG manteve uma formação que já vinha utilizando há algum tempo, colocando uma linha de cinco na defesa, mesmo tendo que improvisar o volante Danilo Pereira e utilizar o jovem Batshiabu. De desfalques, Galtier tinha as ausências de Mukiele, Kimbempé, Sérgio Ramos, Soler e Neymar. E a única dúvida para essa partida era quem começaria jogando no meio, se seria Ruiz ou Renato Sanches. Venceu o português na escolha do treinador. Veja como ficou a escalação parisiense:

Já o Lyon tinha boas notícias do departamento médico. O goleiro Anthony Lopes, que quebrou um dedo na véspera do jogo diante do Grenoble, no dia 28 de fevereiro, já está recuperando e não pôs dúvidas na cabeça de Blanc. Começava jogando. Com o retorno do goleiro português, o único desfalque do OL para a partida era o jovem lateral Malo Gusto, ainda se recuperando de sua lesão na coxa. Em campo, o time acabou sendo armado num 3-5-2 e Barcola – garoto da base que vinha sendo destaque nos jogos anteriores – começava no banco de reservas, assim com o brasileiro Jeffinho. Veja como ficou:

O jogo começou numa intensidade que o Lyon não está acostumado. O PSG pressionava e parecia querer um gol rápido para poder pisar no freio depois. O OL até conseguiu segurar o ímpeto parisiense nesses primeiros momentos, mas o Paris teve duas chances claríssimas de abrir o placar antes mesmo dos dez minutos. Primeiro foi com Vitinha e depois com Mbappé. Os dois finalizaram tentando tirar do goleiro, mas acabaram “tirando demais” e mandando pra fora.

Passado os minutos iniciais, o Lyon conseguiu achar alguns espaços na defesa do PSG. Principalmente acionando jogadores em contra-ataque, ora com Cherki, ora com Lacazette e até mesmo Amin Sarr – que não é muito de correr. Mas quem quase marcou mesmo foi o volante Thiago Mendes. Ele viu Lacazette acionar Sarr na esquerda. O sueco só escorou para o brasileiro finalizar com categoria e mandar com capricho pra fora, em chute rasteiro.

Pouquíssimo tempo depois, foi a vez do próprio Lacazette tentar. Ele recebeu na área, tirou Danilo Pereira como quis e na hora de finalizar, foi pressionado por Marquinhos, em um corte providencial. A partir dali o OL perdia um de seus nomes do ataque. Sarr precisou deixar o campo sentindo uma fisgada na posterior da coxa e não conseguiu permanecer na partida, dando lugar ao também jovem Bradley Barcola.

Com o passar do cronômetro da primeira parte, o jogo foi dando uma desacelerada natural. O Paris Saint-Germain já não era nem de longe aquele time que mostrava. A defesa parecia bastante perdida, com somente Marquinhos parecer saber o que estava fazendo ali. Verratti era outro que parecia perdido e o time de Paris dependia unicamente da dupla explosiva, composta por Messi e Mbappé.

O Lyon teve aos 36’ de jogo a melhor oportunidade do jogo para abrir o placar. Tudo começou em um passe de Cherki que achou Barcola dentro da área. O jovem jogador alcançou a bola, mas acabou caindo sozinho na área. A bola continuou em jogo e houve um bate rebate. Quem aproveitou a sobra foi Lacazette e ele acabou sendo derrubado por Donnarumma. Na cobrança, o mesmo Lacazette acabou desperdiçando, cobrando na trave.

Antes do intervalo, o Paris Saint-Germain teve outra oportunidade para abrir o marcador, com Renato Sanches tentando um chute de fora da área. Lopes caiu muito bem para evitar o perigo. A primeira etapa ficou marcada mais pela parte física e uma disputa clara por espaços no meio de campo do que algum talento individual. O PSG foi ligeiramente superior, mas deu muita brecha para o Lyon jogar e até poderia ter terminado a primeira etapa na vantagem.

No segundo tempo, o Lyon voltou melhor. Acho que o ânimo que o time teve por ter equilibrado a primeira parte foi o combustível necessário para voltar do intervalo com mentalidade de quem poderia conseguir fazer algo. Já não era mais um jogo de contra-ataque e o OL chegava quando queria, bem com o PSG também. Literalmente, era um jogo de iguais no comecinho da etapa final.

O Lyon fez questão de mostrar quem queria mais a vitória e abriu o placar aos 11’ do segundo tempo, quando Thiago Mendes colocou na área e Saël Kumbedi recebeu bola na extremidade direita. Ele deu um tapa rasteiro de primeira a bola percorreu toda a área parisiense até achar Barcola. O jovem atacante do Lyon bateu esquisito na bola, mas o suficiente para tirar Donnarumma da jogada e empurrar para as redes: Lyon 1 a 0!

Imediatamente após o gol sofrido, Galtier mexeu duas vezes no seu time. Verratti parecia ter sentido a coxa e deu lugar a Fabián Ruiz. Ele também tirou o zagueiro Batshiabu para colocar o atacante Ekitiké. Blanc também mexeu duas vezes cinco minutos depois, colocando os volantes Caqueret e Tolisso nos lugares de Lepenant e Kumbedi. Thiago Mendes jogaria improvisado na lateral direita a partir dali, já na casa dos 20’ do segundo tempo.

Aos 23’ do segundo tempo, Blanc queimaria todas as suas mexidas, colocando Aouar e Dembélé em campo para as saídas de Cherki e Lacazette, que estavam bem na partida. Nesse momento, parecia que o OL já estava de olho no jogo do meio de semana e estacionaria o ônibus na defesa. Mesmo que eventualmente sofresse um gol nesse jogo, já parecia estar de bom tamanho para o técnico Blanc.

Perto da casa dos 30’ da etapa final, Galtier colocava Zaïre-Emery no lugar de Renato Sanches em sua 3ª mexida no jogo. Oito minutos depois, ele queimava as mexidas com o jovem Gharbi no lugar de Vitinha. Naquele momento, o PSG já não tinha armas nem mesmo no banco para tentar reagir. O time era apático, se assustava um pouco, não tinha recursos táticos e só dependia da torcida empurrar o jogo para conseguir algo.

Por fim, não adiantou nenhuma das armas que o Paris Saint-Germain colocou em campo. A estratégia de Laurent Blanc se sobrepôs ao dinheiro e aos ideais de Christopher Galtier. Uma vitória gigantesca que não somente deixa o Lyon subir uma posição na tabela, como estaciona o PSG com a vantagem de “apenas” seis pontos dos dois segundos colocados, Marseille e Lens. Tudo em aberto na Ligue 1.

Agora o Lyon dá aquela pausa no Campeonato Francês e volta suas atenções na competição que pode fazê-lo pegar um atalho em seu objetivo na temporada: a Copa da França. É a semifinal, diante do Nantes, na quarta-feira (5), às 16h10 do horário de Brasília. O jogo será no Stade de la Beaujoire em partida única. Quem vencer, garante vaga na final! Até lá

CAMPINHOS: Prime Video

FOTOS: Getty Images | psg.fr | ol.fr

MELHORES MOMENTOS:

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