domingo, 10 de abril de 2022

No apagar das luzes, Lyon reage e consegue empate contra o time sensação da Ligue 1

Filipe Frossard Papini
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Gol de Toko Ekambi no último minuto garantiu ao menos um pontinho para o OL na sequência do campeonato




O Lyon entrava em campo nesse domingo com uma missão bem complicada: tentar bater a sensação do Campeonato Francês: o Strasbourg. O time da Alsácia vem fazendo um excelente trabalho sob o comando de Julien Stéphan, excelente treinador que vem em ótima forma. Em caso de vitória, o time da casa poderia encostar nos dois vice-líderes, Rennes e Marseille. Já o Lyon tinha a oportunidade de subir até mesmo duas colocações na tabela e entrar no meio do bolo.

Com a volta de Perrin, depois de cumprir suspensão na partida anterior, Stéphan mexeu no time e ele entrou no miolo de zaga, que vinha com três nomes. Guilbert, portanto, acabou sendo sacado em relação ao jogo anterior. O RCSA tinha vários problemas para a montagem do elenco, com 7 desfalques, o Strasbourg levou apenas seis jogadores para o banco de reservas. Não estavam no time os lesionados Le Marchand, Doukouré, Elimbi Gilbert, Prcic, Thomasson, Kandil e Waris. Na imagem abaixo podemos ver os 11 inicias:


O Lyon tinha menos problemas no departamento médico, com Diomandé e Cherki em cirurgia, Caqueret voltando só no fim do mês e Thiago Mendes ausente por fadiga muscular, o técnico Peter Bosz ousou ao trocar sua linha de quatro defensiva por completo. Sacou Gusto – que vinha de titular nos últimos jogos, bem como Boateng – Lukeba e Emerson Palmieri. Entrou com Dubois, Da Silva, Denayer e Henrique. No meio, escalou a dupla de volantes com Ndombele e Aouar. Tetê também começava jogando no lugar de Faivre. Assim ficou:


Com o Stade de La Meinau lotado e com muito barulho dos torcedores, quem começou incomodando bastante foi o Lyon. Nos primeiros minutos assustou em dois lances. No primeiro, uma jogada de Paquetá na intermediária de defesa. Ele deu um chapéu no adversário e lançou Dembélé em velocidade. Já na área, foi cortado por Nyamsi. Depois, foi a vez de Dubois aparecer pela direita. Ele tentou cruzar e a bola quase foi em direção ao gol.

Mas o Strasbourg precisou de apenas uma oportunidade para marcar o seu gol. Tudo começou com um chutão de Paquetá que foi devolvido pela zaga adversária com outro chutão. No alto, Ajorque ganhou de Da Silva e a bola sobrou de forma tranquila para defesa do Lyon. Ndombele e Dubois cercavam a bola para Lopes chegar. Mas foi Sissoko quem apareceu no meio deles e “roubou” a bola para empurrar para as redes: 1 a 0!


Na hora do gol, Sissoko acabou tendo um encontrão com Lopes e que prejudicou a parte física do goleiro, que tentou se manter em campo por cerca de menos de dez minutos, mas não deu. Sentindo muitas dores, ele precisou deixar o campo e dar lugar a Pollersbeck, aos 30’ de jogo. No lance antes da troca, o OL teve mais uma chance de marcar no La Meinau. Dubois achou Dembélé na área e o centroavante do Lyon acertou o travessão em finalização de joelho.

Muito forte e potente no jogo aéreo e em bolas paradas, o RCSA tinha como foco ofensivo o atacante Ajorque. Todas as jogadas eram buscando o grandalhão, que tem muita habilidade com a bola e causa pânico nas defesas. Em jogada de escanteio pelo lado direito do ataque do time da casa, por exemplo, ele quase marcou de cabeça, depois de um cruzamento, sem precisar sair do chão. Passou por cima no detalhe.


Aos 38’ do 1º tempo, o Strasbourg chegaria mais uma vez. Mais uma vez Ajorque fez o que tinha que ser feito dentro da área e ajeitou para Aholou chegar batendo de fora da área. O chute rasteiro passou com leve perigo, à esquerda de Pollersbeck. Menos de cinco minutos depois Pollersbeck trabalharia pela primeira vez em cruzamento pra área onde Caci pegou de primeira. Strasbourg era bem melhor na etapa inicial.

A lesão do goleiro do OL e seus dois atendimentos médicos forçou a arbitragem a lançar mão de cinco minutos de acréscimos. Não foi o suficiente para o Lyon conseguir uma reação ainda no primeiro tempo. O setor ofensivo era muito pouco acionado. Somente Paquetá e Dembélé apareceram nesse período, com Tetê, Toko Ekambi e Aouar bem pouco acionados. Bosz certamente teve bastante trabalho no vestiário para tentar arrumar a casa.


Na segunda etapa, o Lyon chegou aos 12’ quando Ndombele mandou na área e achou Denayer subindo mais alto que todo mundo. Mesmo assim, o zagueiro do Lyon não complicou a vida de Sels. O Strasbourg reagiu imediatamente, primeiro com Liénard chegando na área em bola cruzada onde estava sozinho e bateu de primeira, mas mandando na arquibancada. Depois foi Ajorque que arriscou de fora da área com certo perigo.

Aos 16’ do 2º tempo, o Lyon precisou queimar sua segunda mexida, com Aouar sentindo dores na panturrilha. Ele deu lugar a Faivre. Mas Tetê também sairia de campo, dando lugar a Kadewere, nesse caso, por opção técnica de Bosz mesmo. Depois, foi a vez de Julien Stéphan mexer duas vezes em momentos distintos, com Diarra no lugar de Aholou e Caci deixando o campo para dar lugar a Guilbert.


Depois das mexidas, o OL melhorou razoavelmente na partida, principalmente do meio pra frente. Em alguns momentos, conseguia tocar a bola por longos momentos, pressionando o time da casa em seu campo de defesa, principalmente acionado o lado esquerdo do campo, com Paquetá, Faivre, Toko Ekami e Henrique. Mas, ainda assim, parecia pouco. O time não finalizava e não achava espaços.

Por outro lado, incentivado por uma força vibrante da torcida – que parecia muito mais quente no segundo tempo – o RCSA iria controlando o jogo com uma postura perfeita na defesa e esperando qualquer oportunidade no ataque. No meio de campo? Nem se fala. Eram superiores tanto taticamente quanto fisicamente. Uma aula de postura que Stéphan conseguia aplicar, mesmo tendo um time tecnicamente inferior.


Perto do fim do jogo, Bosz mexeu com suas duas últimas tacadas. Colocou Reine-Adélaïde e Barcola nos lugares de Dembélé e Ndombele. Nesse momento, Paquetá atuava com o 1º volante na formação toda torta que o OL conseguia entregar para esse duelo. E foi ele quem conseguiu até então a melhor chance do time na etapa final, aos 43’ do segundo tempo, quando mandou uma bomba de direita de fora da área e acertou a aresta que segura a rede, pelo lado de fora.

Com o avanço progressivo e sem muita qualidade e organização, o Lyon até conseguia chegar, mas não finalizar. A finalização aconteceu somente aos 45’ da etapa final, quando Faivre deixou para Dubois colocar a bola na área. Ela se aventurou pelo alto, Perrin chegou a tocá-la, mas sobrou no segundo pau para Karl Toko Ekambi, todo torto, conseguir empurrar para as redes e salvar o OL no apagar das luzes! 1 a 1!


Agora o Lyon de novo fica por conta de sua participação internacional na Liga Europa. Empatou na ida em 1-1 lá em Londres e agora precisa fazer o resultado em casa. Lembrando que não existe a lei do gol qualificado, portanto, qualquer empate é pênaltis. A partida será na quinta-feira (14) às 16h do horário de Brasília. Até lá!

 
FOTOS: ol.fr | Ligue1.fr | rcstrasbourgalsace.fr
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